A coluna semanal com os lançamentos mais quentes da música brasileira, escolhidos pela Rolling Stone Brasil
Redação | Curadoria: Julia Harumi Morita (@the_harumi), Nicolle Cabral (@NicolleCabral) e Yolanda Reis (@_ysreis) Publicado em 18/10/2020, às 10h00
Céu, Liniker, Fresno, SD9, Teach Me Tiger e Celeste Moreau Antunes são alguns dos nomes que formam a HOTLIST #26 — que, como você já deve ter percebido, está afiadíssima. Nos últimos sete dias, singles, clipes e discos dos mais diversos gêneros musicais agitaram a cena da música brasileira.
Toquinho lançou a primeira canção em 9 anos, Cyro Sampaio estreou em carreira solo e Linn da Quebrada deu continuidade ao processo de separação de Jup do Bairro. Muita coisa aconteceu e nós listamos tudo por aqui.
+++ LEIA MAIS: HOTLIST #25 com Drik Barbosa, Flor, Potyguara Bardo, Luan Santana, Herbert Vianna
Além dos nomes já citados, Céu, Liniker, Fresno, Teach Me Tiger, Celeste Moreau Antunes, Toquinho, Cyro Sampaio, SD9, Linn da Quebrada e Jup do Bairro, a HOTLIST desta semana também conta com Sugar Kane, Luedji Luna, Marrakesh, Kynnie, O Grilo, Rosa Neon, Torya, Yanna, Ashira, Carabobina, Remobília, Pessoas Estranhas, Suel e Tom Zé.
Confira 22 lançamentos incríveis que rolaram durante a semana:
Mais um pop gostosinho do Rosa Neon chegou às pistas. No último domingo, 10, o trio lançou "Parei", o primeiro dos lançamentos marcados ainda para o mês de outubro. Acompanhada por um clipe em animação 3D, sob a direção de Vito Soares, a faixa tem um beat envolvente, com guitarrinhas leves e o coro suave de Luiz Gabriel Lopes, Marcelo Tofani e Marina Sena. "Eu quero te ter, agora / Se for pra me ver, não demora", cantam na nova lovesong.
O clipe apresenta a silhueta dos integrantes do grupo em mármore branco e cobertos por uma chuva delicada de penas rosas. Venha assistir: [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Linn da Quebrada e Jup do Bairro incorporam personagens de videogame e se tornam adversárias no clipe de “Bixa Preta Parte 2”, divulgado na última segunda-feira, 12, no Youtube e nas plataformas digitais. (Ouça no Spotify aqui)
O combate de Linn e Jup representado no clipe de Indigno Kid simboliza a o fim da parceria entre as duas artistas, que, por muito tempo, se apresentaram juntas nos palcos. A canção, que foi gravada originalmente para o disco Pajubá Remix II, também prepara os fãs para o show de despedida das cantoras, que acontece hoje às 18h. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Se você perguntar "quem é a cara do Grime brasileiro?", o nome do SD9, com certeza, estará na lista. Cria do coletivo TBC Mob, SD9 é um dos MCs em destaque do gênero no país. Na última quarta, 14, o artista lançou o clipe da faixa principal do disco "40˚.40".
O clipe faz referência à produção de Mathieu Kassovitz, O Ódio, que acompanha a história de três jovens no subúrbio de Paris desamparados pela pobreza e sendo testados pela brutalidade policial. O longa foi lançado há 25 anos, mas, é, infelizmente, muito atual.
"Quantos não passou dos 16 / Lembrei do Sassá mais uma vez / Oh, lili pros amigo do 33 /E pros mano que se foi, Deus tenha a todos vocês", rima em um dos versos da faixa, que conta com a parceria de VND — outro nome que merece ser apontado quando o assunto é o Grime. Assista ao clipe abaixo: [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Num encontro de gerações clássicas, Toquinho e Maria Rita lançaram o clipe para “Papo Final” na última quarta, 14. O dueto do samba revela a voz madura do cantor e inicia a divulgação de A Arte de Viver, primeiro disco de inéditas de Toquinho em quase uma década.
No clipe simples, feito durante a quarentena, a dupla reveza as vozes no estúdio de gravação, e intercalam os graves e agudos à moda antiga da bossa e do samba. A música, tranquila, embala bem com o violão de sete cordas, o cavaquinho, o violino, o cello.
A Arte de Viver, lançamento da Deck para novembro, é o primeiro lançamento de inéditas de Toquinho desde Quem Viver Verá (2011). [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
Na última quarta-feira, 14, Luedji Luna lançou o segundo disco da carreira, Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água, nas plataformas digitais (ouça no Spotify aqui). Neste mesmo dia, a cantora compartilhou no Youtube um álbum visual com o mesmo nome, o qual foi brilhantemente dirigido por Joyce Prado.
Ao lado do músico Kato Change e dos compositores Ravi Landin, François Muleka e Cidinha da Silva, Luedji produziu as 12 faixas que compõem o disco entre as cidades de São Paulo, Salvador e Nairóbi.
O primeiro single divulgado, “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água”, já foi mencionado na HOTLIST (edição #24, que você pode ler aqui) e é um dos destaques do álbum ao lado das faixas “Uganda”, interpretada por Lande Onawale; “Ain’t Got No”, cover de Nina Simone que conta com a participação de Conceição Evaristo; “Lençóis”, em parceria com Tatiana Nascimento; e “Ain’t I a Woman”.
Com letras intensas e um canto sereno, Luedji navega entre o jazz e a mpb para cantar sobre os amores, dores e curas de uma mulher negra enquanto deixa o rosto ser molhado por lágrimas e os pés cobertos por ondas do mar. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Na última quarta, 14, Ashira lançou o single "Cyber Love", que marca a estreia da cantora, produtora e beatmaker na trupe do selo SoundFoodGang. Com batidas eletrônicas e um pouquinho de bregafunk, Ashira canta sobre um romance virtual, que, em algum momento, se tornará real.
A faixa é acompanhada por um shortfilm dirigido por Beatriz Shibuya e conta com a participação de Alinega. A produção arrecadou fundos para a iniciativa do Spotify, “Covid-19 Support”, que consiste em ajudar os artistas independentes durante esse cenário de pandemia. Os apoiadores receberam máscaras confeccionadas pela própria artista, com a ilustração do single "Dorothy", parceria entre Ashira e niLL do disco Good Smell Vol.2. [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Depois de cancelar alegrias, Fresno procura animar as pessoas. “Deus Ex Machina” é o terceiro lançamento da banda gaúcha depois do último disco. Com a alcunha de “pessoa que inesperadamente propicia uma solução para uma situação difícil” (na descrição do vídeo), a nova faixa, divulgada na quinta, 15, é vibrante e dançante, bastante pop-punk com toques de instrumentos eletrônicos - a cara de toda uma nova fase da música.
O lyric vídeo se destaca, também. Parece uma esquizofrenia alfabética. Com a premissa simples da banda no estúdio, Caio Lamin OINK, responsável pelo lettering, deu cara de novidade ao apresentar as letras com diversos efeitos coloridos, subindo, descendo, crescendo e girando, tudo seguindo a proposta visual da Fresno.
Seja qual for a nova fase da Fresno, se basearmos em “Deus Ex Machina”, o cover eletrorock de “Eva” (Ivete Sangalo) e "Broken Dreams" (com Jason Aalon Butler do FEVER333), teremos um novo disco para dançar até o mundos e acabar e a vida evaporar. [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
Na semana passada, o Sugar Kane fez uma live especial para exibir o documentário inédito da turnê de 20 anos da banda, que aconteceu em 2017. E, na última sexta-feira, 16, os músicos disponibilizaram o disco 20 Anos Tour: Ao Vivo em Curitiba nas plataformas de streaming. (Ouça no Spotify aqui)
No álbum, podemos ouvir desde os clássicos da banda, como “Medo” e “Despedida”, até as músicas do disco de estúdio mais recente do grupo, como “Vital” e “Surtei”. Junto com 20 Anos Tour: Ao Vivo em Curitiba, o Sugar Kane também iniciou uma arrecadação online para poder bancar os custos do próximo álbum da banda, que seriam cobertos com os shows interrompidos pela pandemia. (Você pode acessar a vaquinha aqui) [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
"Pra Variar" é o cartão de visita do primeiro disco do duo Carabobina, formado por Raphael Vaz (Boogarins) e Alejandra Luciani. O lançamento fresquíssimo, cheio de synths e distorções, chegou na última sexta, 16, pelo selo norte-americano Overseas Artistics Recordings (OAR), e promete ser uma prévia da energia que o projeto terá como um todo.
A data de lançamento do disco está marcada para o dia 6 de novembro. "Pra Variar" já está disponível em todas as plataformas digitais, ouça aqui. [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
O resultado de uma parceria entre Céu e Liniker só poderia ser extraordinário. Donas de duas das vozes mais importantes da música brasileira contemporânea, as cantoras se reuniram para lançar a canção “Via Láctea” na última sexta-feira, 16, pelo selo Slap, da Som Livre.
Escrita ao lado de Anelis Assumpção, a música traz cantos extremamente harmoniosos que traduzem as sensações de um novo amor. (Ouça em todas as plataforma digitais aqui). [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
A Preta é o primeiro disco de Torya. Com 11 faixas, o projeto não tem amarras e flerta com as vertentes do hip-hop, drill e um pop malemolente, além de contar com participações de Monna Brutal, Rincon Sapiência, meninojazz, Malcolm VL e Zuluzão. O disco também apresenta uma versão traduzida em libras, disponível nas plataformas digitais.
Dona de um vocal versátil e discursos fortes, Torya é um dos nomes interessantes da cena underground do Drill nacional. O lançamento do projeto veio acompanhado do clipe de "A Preta", em que a artista recria a Santa Ceia. [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Cyro Sampaio, conhecido pelo trabalho com as bandas Menores Atos e Putz, estreou em carreira solo com a canção “Apocalíptica”, lançada no Youtube e nas plataformas digitais na última sexta-feira, 16, pelo próprio selo, Flecha Discos.
Longe das guitarras pesadas e dos vocais impetuosos, o músico apresenta uma composição de voz e violão intimista composta na casa dele, no meio das incertezas da pandemia. O caos da canção está na letra, que ganhou uma interpretação visual incrível no clipe dirigido pela companheira do músico, Gi Zambianchi. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Na última sexta, 16, Yanna lançou o clipe de "Me Falta o Ar", em parceria com Ugo. A faixa é o quinto single da carreira da artista. Com voz doce e a estética de um indie pop, Yanna canta sobre os tormentos de uma crise de ansiedade: "Não consigo mais fugir / Da minha própria culpa / Que deixar o meu olhar / Cinza sem cor /Me perco dentro do vazio /E meu corpo cai / Só de pensar que vou ficar mais uma noite em claro". [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
A banda curitibana Marrakesh divulgou o single “Trippin’” na última sexta-feira, 16, no Youtube e nas plataformas digitais (Ouça no Spotify aqui). Lançada em parceria com o selo norte-americano tmwrk records, a canção é uma prévia do próximo EP do grupo, Knots, previsto para o mês de novembro.
“Trippin’” reafirma os novos caminhos dos músicos, que misturam cada vez mais o característico som eletrônico deles com o pop, trip hop e até cloud rap. O single é acompanhado de um clipe dirigido por Iago Mauad e mostra imagens analógicas de arquivos pessoais da artista Uiara Bartira, que também abre o vídeo com um poema. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
“Wasted” é o primeiro lançamento da banda Teach Me Tiger desde o disco Two Sides, de 2016. Produzida pelo estúdio Frango no Bafo, a canção anuncia o próximo disco da banda, Copy of Myself, previsto para o mês de novembro.
Como nos trabalhos anteriores, a dupla formada pela brasileira Chris Tigra e o belga Yannick Falisse investiu em uma mistura de pop, eletrônico e post punk em “Wasted”, que ganhou um clipe escrito, dirigido e editado pelo duo. (Ouça o single em todas as plataformas digitais aqui) [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Depois de soltarem os singles "Nós", e "Sol no Rosto", com Mateo Piracés-Ugarte, da Francisco, El Hombre — que, inclusive, apareceu por aqui na edição #11 da HOTLIST —, o grupo formado por André Gonzales, Beto Mejía, Esdras Nogueira, Fernando Jatobá e Gustavo Dreher lançou o terceiro single "Jogo", inspirado no universo dos videogames.
A faixa soa como uma brincadeira sonora (saxofones, guitarras e baixo) — que se anuncia como instrumental, mas apresenta breves reflexões. "Quem foi que disse que era um jogo / Eu contra você / ELE contra todos / Quem quer ser o herói / Quem quer ser o vilão / Eu que quero amor / estou na contramão". [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Quatro meninos de 20 e poucos anos fazendo um MPB gostoso. O Grilo, quarteto paulistano, prepara-se para lançar o primeiro disco, no início de 2021, pelo selo Rockambole. Na sexta, 16, “Trela” abriu a temporada de singles com um roquenrol “das antigas”, carregado de guitarra, baixo e bateria. Podemos esperar, no futuro, algo bastante plural, porém - pois eles vão do samba ao rock com a fluidez da inovação brasileira.
Felipe Martins (guitarra), Lucas Teixeira (bateria), Gabriel Cavallari (baixo) e Pedro Martins (voz) fazem questão de representar a falta de uma linha musical sólida. “No decorrer das gravações nós abordamos uma série de temáticas e estilos musicais, algumas músicas inclusive se contradizem, enquanto outras simplesmente estão ali,” explicou Pedro. Felipe acrescentou: “‘Trela’ representa bem o álbum por ser uma mescla de brasilidade.”
O Grilo já tem um EP de 2017 (Herói do Futuro), mas “Trela” é sua passagem para a reestrutura e reinvenção da banda. [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
Na última quarta-feira, 14, Celeste Moreau Antunes lançou “Agua de Estrellas”, o segundo single do próximo disco da carreira, Rio Manso Vol.1. Escrita por Miguel Molina, a canção foi gravada em parceria com Josefina Moreau Schiller e ainda conta com um coro singelo formado pelas mães e irmãs das duas cantoras ao lado da filha de Josefina. (Ouça no Spotify aqui) [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
A dupla Guilherme Silva e Stephan Feitsma, que dá a cara do Pessoas Estranhas, lançou na última sexta, 16, o disco de estreia autointitulado. Alçados pela Cavaca Records, o projeto conta com 8 faixas e apresenta viagens psicodélicas, guitarrinhas ótimas e aquele groovezinho. Pessoas Estranhas foi gravado durante o carnaval deste ano em que eles ficaram reclusos e imersos em referências como Talking Heads, King Crimson e Sly and the Family Stone. O registro conta com os dedos dançantes no teclado de Bruno Bruni e bateria de Nico Paolliello. Pessoas Estranhas já está disponível em todas as plataformas digitais e pode ser ouvido abaixo: [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
Acordou no domingo com vontade de ouvir um pagodinho? A HOTLIST traz para você! "Ida e Volta" é o novo single de Suel, com produção assinada de Allan Lima. A dupla já trabalha junta há mais de 15 anos nas composições. Na nova faixa, com os ritmos da percussão, cavaquinho, violão e teclado, o músico narra aquele amor enrolado, igual um iôiô: vai e volta.
Suel anunciou carreira solo em 2018 e, desde então, tem se dedicado nos lançamentos fortemente influenciados pelos grupos Só Pra Contrariar, Soweto e ExaltaSamba. "Questionário", "Amor de Amante", "É Dela Que Eu Gosto" e "Nada Supera a gente" são algumas das faixas já lançadas para o público. Anteriormente, o carioca ficou conhecido pela composição de "Fulminante" (interpretada por Mumuzinho) e "Dependente" (do Sorriso Maroto). [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
A cantora Kynnie lançou na última sexta-feira, 16, o single “Desculpa Os Áudios”, pelo selo Inbraza. (Ouça nas plataforma digitais aqui) A canção de pop e R&B explora na medida certa a melancolia que surge após o término de um relacionamento - sem falar dos vocais impecáveis da artista, que expõe um lado mais sensível. Kynnie ainda está no começo da carreira solo, mas já mostrou que é uma artista para ficar de olho na cena nacional. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Pela curadoria do jornalista Renato Vieira, a Warner Music Brasil estreou o disco Raridades, de Tom Zé, com 14 faixas, registradas entre os anos de 1969 e 1976 (à época, de domínio dos selos Continental e RGE). O lançamento também ganha formato físico. Raridades apresenta raras versões (e alternativas) de grandes sucessos do músico, como "Senhor Cidadão" e "Augusta, Angélica e Consolação". Ouça abaixo: [Texto: Nicolle Cabral | @NicolleCabral]
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