A coluna semanal com os lançamentos mais quentes da música brasileira, escolhidos pela Rolling Stone Brasil
Curadoria: Redação | Julia Harumi @the_harumi, Nicolle Cabral @NicolleCabral e Yolanda Reis @_ysreis Publicado em 22/11/2020, às 14h30
Composições históricas, canções de resistência e singles quentíssimos. A HOTLIST desta semana traz muitos lançamentos em homenagem ao Dia de Zumbi dos Palmares, também conhecido como Dia da Conciência Negra.
Péricles, Projota, Mahmundi e Caio Prado são alguns dos artistas que ressignificam canções históricas para música brasileira e cantam sobre o racismo que, mesmo em um suposto dia de reflexão e conscientização, se mostra tão gritante no país.
Além dos nomes já citados, também temos lançamentos de Martinho da Vila, As Baías, Linn da Quebrada, Anitta e Cardi B, CPM 22, Silva, Zander, Menores Atos, VHOOR, Telvrichaos e L7NNON Se prepare para dar play e confira a HOTLIST #31.
O cantor Silva é o tipo de pessoa que deixa o corpo ser invadido pelas emoções sem receio e encontra a cura através da alegria. E é exatamente sobre isso que ele canta em “Sorriso de Agogô”, canção lançada na última quinta-feira, 19, nas plataformas digitais.
O single fará parte do próximo disco do músico, que está previsto para o dia 10 de dezembro, e já conta com um clipe. Por meio da direção de Edvaldo Raw, o vídeo mostra imagens intimistas de Silva e o irmão Lucas em Caraíva, na Bahia, onde compuseram a maior parte das canções do futuro álbum, que, pelo visto, está pra lá de bom! [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Péricles está em uma empreitada de renovação. Durante o segundo semestre de 2020, ocupou-se em lançar e divulgar Tô Achando Que É Amor, disco solo, em cinco EPs separados - e um clipe para o lançamento principal de cada parte. “Homem Invisível,” lançado na sexta, 20, é um deles.
A faixa foi gravada ao lado de Projota, e apresenta um samba-rap divertido. A temática, porém, não é confortável: na ocasião de Dia da Consciência Negra, a dupla reflete sobre a invisibilidade de toda uma parcela da população. É uma música de revolta, superação e vitória, também.
O clipe acompanha. Mostra muitas pessoas invisíveis - uma atriz, um mímico, modelo, dançarina, patinadora, capoeirista, jogador… Pessoas negras, gays, mulheres. Invisíveis para muitos, enfatiza a letra: “perdido na cidade / invisível para sociedade / vivo ou morro sou igual quando grito gol / mas se for discursar / vão me calar.” Uma boa mensagem para o dia. Assista e ouça: [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
Em tempos de isolamento social, Martinho da Vila relembra o movimento das ruas do Rio de Janeiro no disco Rio: Só Vendo a Vista, lançado na última sexta-feira, 20, pela Sony Music Entertainment Brasil.
O músico traz cinco faixas inéditas e sete regravações, que passam pelo Maracanã, Arpoador, Bento Ribeiro e Vila Isabel, casa da escola de samba Unidos da Vila Isabel, que homenageará Martinho no próximo carnaval.
E o sambista não faz este passeio sozinho. Martinho revive uma parceria com Moacyr Luz e canta ao lado de Verônica Sabino e dos filhos, entre eles, as cantoras Mart'nália e Maíra Freitas. Ouça Rio: Só Vendo a Vista em todas as plataformas digitais aqui. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, a cantora Mahmundi reuniu um time incrível de artistas pretos dos mais diversos gêneros musicais para interpretar canções clássicas da música brasileira ao lado da Universal Music.
O projeto Sorriso Rei conta com duas faixas: “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, e “Sorriso Aberto”, de Jovelina Pérola Negra. A primeira canção foi gravada por Mahmundi, Leo Santana, Xande de Pilares e Priscila Tossan. Já a segunda faixa ganhou uma versão de Mahmundi, Mumuzinho, Malía e Mc Zaac.
Além disso, o projeto também conta com um documentário, o qual foi dirigido e roteirizado por Yasmin Thayná. O curta-metragem disponível no Youtube mostra os bastidores das gravações, conversas sobre a trajetória dos artistas e relatos sobre a importância de ressignificar canções antigas e burlar o sistema racista. Este, com certeza, é um lançamento que você não pode deixar de ver neste domingo! [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
“A conduta dos meus filhos será fogo nos racistas / Não tem nota de repúdio nem lamento a nossa morte / É o povo preto que se move / No grito de libertação”, canta Caio Prado antes de entoar o refrão de “Não Sou Teu Negro”, um “manifesto de luta, amor e expansão da consciência negra”.
Este é o primeiro single do terceiro disco da carreira do cantor, Griô, previsto para 2021. A canção foi produzida por Felipe Rodarte no estúdio Toca do Bandido ao lado dos músicos Elísio Freitas (guitarra), Boka Reis (percussão), Marcelo Delamare (baixo synth) e Marcelo Cebukin (metais).
O título da canção faz referência a obra inacabada de James Baldwin e o documenmtário Eu Não Sou Seu Negro, enquanto a letra retoma a história brasileira e se direciona a todos que defendem a causa antirracista. Com um instrumental rico em percussão, Caio diz: “Quando você for antirracista, proteja os pretos, dê voz aos pretos”. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
As Baías se juntaram à Linn da Quebrada para lançar o single “Onça / Docilmente Selvagem” na última sexta-feira, 20, pela Universal Music. A nova canção do trio é um pop sedutor e dançante sobre o reconhecimento e o poder trans.
A música, que faz parte do novo álbum audiovisual do grupo, também ganhou um clipe cheio de glamour dirigido por Gringo Cardia e Jackson Tinoco e produzido por Daniel Ganjaman. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Essa é para sentir falta do bate-cabeça: CPM 22 lançou na sexta, 20, o novo single “Ditados”. O hardcore animado está em desenvolvimento desde o começo do ano, e chega de modo agitado, animado, e com aquela vibe de que vai ficar ótimo quando (finalmente) for tocado ao vivo. Um ótimo aditivo ao repertório animado da banda.
Com base em ditados populares e anedotas, a faixa é a terceira lançada pelo “novo” CPM 22. Em agosto, Japinha (batera) deixou a banda após polêmica - e a banda aproveitou para se reinventar. Lançaram “Escravos” naquele mês, “Orientes” em outubro e, agora, “Ditados.” Não há ainda informações se disso tudo vem um álbum - mas esperamos que sim, pra gente poder entrar no mosh ouvindo! [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
VHOOR está entre os nomes palpitantes da cena de música belo horizontina. O artista, que mescla ritmos do hip-hop, trap, grime e drill nas produções, já produziu sons de músicos como Baco Exu do Blues, MC Dricka, FBC, Hot e Oreia e Fleezus, além de ter colaborado recentemente com o produtor requisitado, Sango, nos projetos Sangozinho e Da Rocinha 4.
Agora, o artista solta nas pistas o primeiro disco de estúdio, intitulado de Baile e Drip. No registro, VHOOR segue traçando paralelos entre os baile funk e o hip-hop. Ouça abaixo:
Na última sexta, 20, o grupo Telvrichaos lançou "Deep", o segundo single de uma sequência de lançamentos que antecedem o primeiro disco de estúdio, previsto para 2021. Com arranjos densos e um som "cheio de momentos", a faixa foi influenciada pelas guitarras dos anos 1970 e conta com o vocal doce de Marina Dolinsky, vocalista da banda. Ouça abaixo:
Alçado pelo selo Papatunes, do produtor Papatinho, L7NNON apresenta o segundo disco de estúdio HIP HOP RARE. Com participações de artistas como Black Alien, Gaab, MC Hariel, MC Marks, Pescadinha e Bolinho, o artista exalta as conquistas pessoais e destaca o poder de transformação do hip-hop.
O projeto anterior, Podium, já acumulou mais de 50 milhões de streams. Os singles que intercalaram os dois projetos deram ainda mais visibilidade para o artista, como, por exemplo, "Perdição" e a participação no Poesia Acústica 9.
‘Anira’ tá com tudo! Depois de brilhar demais no Grammy Latino (em uma apresentação de um mix de “Mas Que Nada”, do Jorge Ben, e “Me Gusta”, dela mesma), Anitta dá mais um passo na carreira gringa e lança um remix da faixa que gravou com Cardi B. Agora, também cantam com 24kGoldn.
“Me Gusta Remix” perde a abertura tchu-tcha do funk e vem com uma batida mais pop e a voz de 24kGoldn. A letra ganha um teor bem mais sensual (“se gosta do que vê, baby / devia vir comigo / conheço um lugar no Rio /eu poderia te f*der na praia.”) Também ganha um mix de inglês, português, espanhol - e um mix de estilos que junta EUA, Brasil, latinos no geral. Provavelmente, o objetivo final. Uma versão mais plural, e tão divertida e dançante quanto. Coloca na playlist pra próxima festa ao lado da original! [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
Na última sexta-feira, 20, as bandas Zander e Menores Atos divulgaram o segundo single e clipe do EP colaborativo Tropical Melancolia, o qual será lançado no dia 4 de dezembro pela Flecha Discos.
Com o instrumental gravado antes do início da pandemia e os vocais finalizados durante a quarentena, “Caos Efeito” reúne o canto intimista de Cyro Sampaio, a voz explosiva de Gabriel Zander, que se completam com naturalidade ao lado das guitarras emotivas. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
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