A coluna semanal com os lançamentos mais quentes da música brasileira, escolhidos pela Rolling Stone Brasil
Curadoria: Redação | Camilla Millan | @camillamillan, Isabela Guiduci | @isabelaguiduci, Julia Harumi | @the_harumi, Lorena Reis | @heylorss e Yolanda Reis | @_ysreis Publicado em 06/12/2020, às 10h00
Mais uma semana, mais uma HOTLIST - que conta cada vez mais com a participação dos repórteres da Rolling Stone Brasil. Nesta transição de novembro para dezembro, o mundo da música ganhou muitos singles, parcerias e clipes novos.
Do rock ao sertanejo, a lista dessa semana conta com Zander, Menores Atos, Marília Mendonça, Péricles, Xamã, Luísa Sonza, Luisa e os Alquimistas, Potyguara Bardo, Caio Prado e Teko Porã.
Além dos artistas já citados, também aparecem, Gabriela Gomes, Gabeu, Alice Marcone, OUTROEU, Renan Cavolik, Ana K, Rashid, Gumiber, Putz, IGOR, CLAU e Gustavo da Lua.
Gostou? Então se liga na HOTLIST #33:
Um doce respiro melódico em meio à quarentena, a faixa “Deuses do Metal”, da banda Teko Porã, tem o poder de nos transportar para outra realidade com os sons combinados do violão, bandolim, violoncelo e viola de arco - sem contar as vozes mais que potentes de Bia Sabiá e Kinda Assis, que realmente parecem de outro mundo. Ao mesmo tempo, nos faz questionar sobre temas inerentes à existência humana, louvando ironicamente as “divindades corporativas” do Século XXI.
Autodeclarada uma “anti-oração em forma de música”, “Deuses do Metal” chegou às plataformas digitais na última segunda-feira, 30, trazendo uma fala ainda atual e necessária do falecido escritor uruguaio Eduardo Galeano (As Veias Abertas da América Latina), gravada em 2011 pelo compositor Pablo Nomás na cidade de Montevidéu.
O mais legal de tudo é, na verdade, o conceito por trás da banda, criada em 2012 e atualmente formada por Pablo Nomás (violão de 7 cordas), Bia Sabiá (voz), Kinda Assis (viola de arco e voz), Israel Marinho (violoncelo) e Caio Gregory (bandolim e voz).
Teko Porã, em guarani, significa “Bem Viver” - e é exatamente o que eles fazem ao espalhar canções (que, em sua maioria, celebram a cultura indígena) por onde passam - seja nas ruas, calçadas, parques ou vagões do metrô paulista. Vale lembrar que, assim como outros artistas durante a pandemia de coronavírus, os integrantes do Teko Porã perderam os espaços públicos onde costumam divulgar seu trabalho. Contudo, em meio às dificuldades, eles juntaram forças para produzir “Deuses do Metal”, o único lançamento de 2020. Não percam! [Texto: Lorena Reis | @heylorss]
“Me Atraiu” é aquela canção gospel tão singular e única para ouvir, que conversa com todos os públicos fãs de música. Além de ter uma melodia ótima, a voz de Gabriela Gomes é simplesmente encantadora.
Junto da canção, a jovem cantora também lançou um videoclipe, ambos compartilhados no dia 1 de dezembro. Em um cenário lindo de paisagens naturais, o clipe reforça as ideias de paz e amor trazidas na música. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
O rapper Xamã lançou, na última quinta, 3, a música “Câncer”, parceria com Luísa Sonza. A balada romântica tem clima de R&B e um refrão melódico que é impossível não ficar na cabeça: “A verdade é que você mente demais/ Não consegue me ver solto então me prende”.
A vibe gostosa também inclui trechos de rap, tanto de Xamã quando de Sonza - e o clima romântico da canção não fica só na letra, sendo apresentado também no visual do clipe, que estreou no mesmo dia. A faixa é a segunda do projeto do rapper chamado Zodíaco. Anteriormente, ele lançou "Escorpião", com feat de Agnes Nunes, e já prometeu uma parceria com Marília Mendonça. [Texto: Camilla Millan | @camillamillan]
A compositora sertaneja Alice Marcone lançou “Pistoleira” na última quinta, 3, em parceria com Gabeu - representando uma das colaborações de mais destaque do queernejo. Baladão dançante, o single é uma mistura de sertanejo e pop rock, representado principalmente pelo riff de guitarra e sintetizadores.
O refrão envolvente de “Pistoleira”, pensado para ser um arrocha, desperta a vontade de dançar - e a melodia das vozes dá ainda mais sensualidade à letra. Além disso, a faixa ganhou um lyric vídeo também na quinta, 3, que é uma obra à parte, realizado com artes de Douglas Delfino e edição de Bárbara Coimbra. [Texto: Camilla Millan | @camillamillan]
OUTROEU repaginou a música “Dança”, escrita por Lorena Chaves e Marcos Almeida, e apresentou uma versão pop music - que teve um resultado extremamente interessante e através da letra, pode significar muito: do mais leve ao mais complexo. Com uma nova cara, a canção integra o mais novo disco do duo, O Outro é Você.
O clipe, lançado no dia 3 de dezembro, é super divertido e dialoga com “Dança” ao brincar com o novo fenômeno da internet: as danças do TikTok. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
Em tempos difíceis e de bloqueio criativo para muitos artistas, Renan Cavolik relembra em "Alt+3", novo single, lançado no dia 3 de dezembro, a importância de se ter esperança e de buscar alternativas para se desprender das amarras das preocupações.
"Alt+3", segundo single do primeiro disco do cantor, FACES, também ganhou um videoclipe, lançado no mesmo dia da canção, que abre com a marcante frase: “Aos que lutaram pela arte antes de nós”, uma forte homenagem aos artistas. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
É, caros brasileiros, Marília Mendonça não cansa de acertar na sofrência. “Deprê”, nova música da cantora - que foi composta por ela e lançada nesta sexta, 4 de dezembro -, traz a melhor combinação da artista: o sertanejo, a voz absolutamente marcante dela, e a letra sofrida - para quem quer sofrer e até derrubar umas lágrimas, "Deprê" é uma aposta certeira.
Acompanhado do single, Marília Mendonça também lançou um videoclipe com a interpretação da música. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
Parceria entre Ana K e Rashid, “Achados e Perdidos” foi lançado na sexta, 4, acompanhado de um clipe dançante repleto de coregrafia e com o cenário inconfundível do Viaduto do Chá, em São Paulo.
Mix de pop e do rap de Rashid, “Achados e Perdidos” usa muito groove para falar sobre uma desilusão amorosa, exaltando o amor próprio. Também ganha destaque o glamour e produção do clipe, que misturados às influências de R&B e soul deixam a canção ainda mais especial. [Texto: Camilla Millan | @camillamillan]
Luísa e os Alquimistas se juntaram à Potyguara Bardo para lançar uma nova versão da música “Cadernin”, que originalmente foi lançada no disco Jaguatirica Print (2019), nas plataformas digitais na última sexta-feira, 4.
Desta vez, as cantoras não são acompanhadas por beats eletrônicos, mas por guitarras, baixo e sanfona, que transformam o característico brega wave da banda em um piseiro envolvente e dançante. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Zander e Menores Atos já apareceram na HOTLIST (edição #29 e #31) com as canções “Arpoador 83” e “Caos Efeito”. Hoje, esses dois singles aparecem novamente na lista, mas, desta vez, acompanhados de mais quatro músicas inéditas: “Distante de Mim”, “De Olhos Abertos”, “Boas-Vindas” e “Exílio”, que se reúnem no EP Tropical Melancolia.
Lançado na última sexta-feira, 4, pela Flecha Discos, o projeto inédito carrega uma identidade que mescla na medida certa a sonoridade das duas bandas. Com guitarras densas e vocais emotivos, esse é um EP que você não pode deixar de ouvir. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Na última sexta-feira, 4, Caio Prado lançou “Baobá”, single que fará parte do próximo disco da carreira dele, Griô. A canção veio acompanhada de um clipe belíssimo dirigido por André Hawk e produzido por meio de um processo colaborativo.
Composta em parceria com a artista Verônica Bonfim, a canção foi produzida por Felipe Rodarte ao lado dos músicos Elísio Freitas (guitarra), Boka Reis (percussão), Marcelo Delamare (baixo synth) e Marcelo Cebukin (metais).
Com uma voz singular, que é suave, melancólica e naturalmente dramática ao mesmo tempo, Prado traz intensidade para instrumentais dançantes e celebra a própria potência ao fazer referência à baobá, árvore tradicional da África que representa força e resistência. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Carregada por um excessivo número de informações, a mente se acostuma com o raso e evita mergulhar no mar. A vontade de estar em todos os lugares e saber todas as coisas transforma em peso o verdadeiro ato de pensar. No meio de tantos estímulos chamativos e convidativos, fica cada vez mais difícil diferenciar o que vemos do que queremos enxergar.
É com este breve texto livre que apresento Gumiber, projeto experimental de música eletrônica de Leonardo Gumiero (ímã / Ankou) e Thomas Berti (Marrakesh). A dupla estreou na última sexta-feira, 4, com o lançamento das músicas “O Que Vejo” e “E O Que Quero Enxergar” pelo selo LogoLogo.
Em busca de captar a sensação de estar perdido no meio de tantas de informações, os músicos exploram o maximalismo por meio de sintetizadores, beats e texturas. O primeiro single do projeto ainda ganhou um filme, chamado Algures, que foi dirigido por Jonas Sanson e traz a mesma energia caótica da música por meio de imagens do Google Earth. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Formada por Gi Ferreira, Cyro Sampaio (Menores Atos), Sarah Caseiro e Antonio Fermentão, a banda Putz está prestes a lançar o primeiro disco da carreira e compartilhou mais uma prévia do trabalho na última sexta-feira, 4.
Em parceria com o produtor Alexandre Capilé e os selos Flecha Discos e Forever Vacation Records, o grupo lançou o single “Grave”, um rock gostosinho e sincero que vem acompanhado de um clipe no Youtube. [Texto: Julia Harumi Morita | @the_harumi]
Sabe aquela música ‘chiclete’ que não precisa ouvir muito para decorar? É nesta vibe pop e super cativante que IGOR e CLAU cantam “Sentimento Bom”, novo single do cantor, lançado nesta sexta, 4 de dezembro. Além da admirável sonoridade da canção, vale um destaque para as vozes de ambos os músicos - que combinaram muito na faixa.
Não é só a música que vale o replay, porém. O videoclipe, compartilhado na mesma data, é repleto de cores e dancinhas, com um clima super leve e alto astral, até alguns ex-participantes do De Férias com o Ex Brasil (6ª temporada) somaram nas cenas, e a vontade de assistir ao vídeo novamente é consequência. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
Para relaxar e ficar bem consigo mesmo, em meio aos momentos tão turbulentos em que temos vivido, vale a pena conhecer o novo single de Gustavo da Lua, “Vem pra ficar”. Com uma percussão deliciosa, que revisita a música afro-cubana, e uma composição que brinca com a fantasia e o realismo, é quase impossível não sentir uma paz de espírito ao ouvi-la.
“Vem pra ficar”, lançada nesta sexta, 4 de dezembro, é uma canção escrita por Gustavo da Lua, em parceria com o amigo de percussão na Nação Zumbi, Marcos Matias. [Texto: Isabela Guiduci | @isabelaguiduci]
Em 2020, Péricles provou que sabe se reinventar. Ao longo do ano, o músico lançou o disco Tô Achando Que é Amor estrategicamente: foram cinco etapas, cinco EPs diferentes, cada um com um uma parte do disco e um videoclipe do single principal. Uma ótima forma de lançar trabalhos mais completos em épocas de streaming - e que começou agora a ser explorada mais a fundo.
Com Tô Achando Que é Amor, Péricles promove um gás na carreira em um momento que o pagode parece voltar à tona - e o próprio cantor, feito famoso no exaltasamba, se surpreende em ser assunto de novo entre jovens. Lançadas estrategicamente, são 17 faixas - 15 inéditas, além de regravações de “Pupila” (de Vitor Kley e Anavitoria) e “Mal Acostumado" (do Ara Ketu).
Um dos destaques do disco é a crítica “Homem Invisível”, lançada ao lado de Projota no mês da Consciência Negra - um relato emocionante sobre pessoas invisíveis na sociedade, e que precisam brilhar ao máximo para serem minimamente notadas. [Texto: Yolanda Reis | @_ysreis]
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