Senador Randolfe Rodrigues comentou, em entrevista exclusiva ao Grupo Perfil e à Rolling Stone Brasil, sobre a CPI da Covid e o depoimento de Eduardo Pazuello
Redação Publicado em 21/05/2021, às 17h43
Em 19 e 20 de maio, a CPI da Covid contou com o depoimento de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, para apurar a atuação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. O vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), comentou sobre as falas de Pazuello em entrevista exclusiva ao Grupo Perfil e à Rolling Stone Brasil.
O depoimento do ex-ministro durou 16 horas, divididas ente os dois dias, e um dos principais pontos abordados pela Comissão foi a recusa de vacinas e a crise de oxigênio no Amazonas. Segundo Randolfe Rodrigues, as novas informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Amazonas na quarta, 19, mostram parte da negligência do governo federal:
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“Ocorreu uma grave omissão e negligência do governo brasileiro e do Ministério da Saúde na crise de oxigênio do Amazonas, que deu origem à segunda onda da pandemia que amplificou dramaticamente o número de mortos pela Covid-19 no país. O Ministério, Eduardo Pazuello e o governo todo - foi revelado isso hoje [19 de maio] - sabiam do colapso de oxigênio no dia 7 de janeiro [de 2021],” explicou Rodrigues.
Segundo Pazuello, conforme declaração na Comissão, a culpa da crise de oxigênio foi da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas. O órgão, contudo, disse que comunicou o ex-ministro por telefone sobre a situação do estado em 7 de janeiro.
Durante depoimento na CPI, Pazuello também informou que o governo federal "não iria intervir na saúde pública do Amazonas, mesmo diante da situação difícil que o Estado enfrentava": "A intervenção não foi feita porque se chegou à conclusão de que o governo do estado tinha condições de continuar à frente da saúde," argumentou.
Durante a entrevista, o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues, também comentou sobre a proteção legal de Pazuello, que conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para poder ficar em silêncio se confrontado com perguntas incriminatórias.
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De acordo com Randolfe Rodrigues, a proteção não foi para o ex-ministro, mas para o próprio Bolsonaro: “Pazuello veio à CPI protegido por um habeas corpus… Imaginávamos que ele ia utilizar para a sua defesa, nos causou espanto que ontem ele usou esse habeas corpus, na verdade, para defender um terceiro… No caso, o presidente da República”.
A entrevista completa de Randolfe Rodrigues ao Grupo Perfil e à Rolling Stone Brasil está disponível no canal de YouTube do Grupo Perfil, e pode ser conferida abaixo:
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