Uma invasão de ETs – e robôs gigantes – no Uruguai fez a refilmagem vingar
Paulo Terron Publicado em 19/04/2013, às 12h22 - Atualizado às 12h29
Depois de assistir ao curta-metragem Ataque de Pânico!, que promove a destruição de Montevidéu por robôs gigantes e discos voadores, o diretor Sam Raimi (Homem-Aranha, Oz: Mágico e Poderoso) descobriu o talento do uruguaio Fede Alvarez. “Muita gente de Hollywood entrou em contato comigo depois desse trabalho”, explica Alvarez, que diz ter realizado aquele projeto em 2009 com apenas US$ 300. “Fui para Los Angeles e conheci muita gente, incluindo o Sam e o pessoal dele. Ele inicialmente me ofereceu a possibilidade de transformar o curta em longa, e chegamos até a anunciar isso.”
Mas durante as reuniões de desenvolvimento, a conversa sempre descambava para a paixão mútua por cinema. “Sam descobriu que amava a nossa abordagem quanto a fazer filmes. E me disse que queria fazer um remake de A Morte do Demônio [1981, clássico cult dirigido por Raimi], e se eu estaria interessado. Claro que aceitei”, diz Alvarez sobre o longa, que estreia neste mês no Brasil. “Mas ele só sabia que queria refilmar, não tinha nada além disso. Eu e meu companheiro de escrita, Rodo Sayagues, demos a ele uma ideia de como achávamos que deveria ser. Por sorte, era o que eles queriam.”
O que Sam Raimi queria era um novo pesadelo, mantendo apenas o conceito básico do filme original: um grupo de garotos visita uma cabana no meio da floresta e lá encontra um livro antigo. O volume liberta demônios, que prontamente possuem os corpos dos jovens – iniciando um banho de sangue agora ainda mais intenso. “Ele sabia que o sucesso do filme original vinha por ser ‘de autor’, fazendo tudo com liberdade completa para ser maluco”, explica o uruguaio sobre Raimi, agora produtor. “Remakes raramente funcionam, porque são produtos de estúdio, com vários roteiristas e um diretor contratado. Acaba faltando amor. O Sam sabia que era preciso manter o clima de independência.”
Para acalmar a legião de fãs obsessivos, Alvarez desenvolveu uma técnica pessoal: encher cada cena com detalhes que remetem à obra original. “Outro dia vi o filme ao lado de uns fãs e eles não se ligaram de tudo”, ele conta, rindo. “Realmente é muita coisa, nem todas fáceis de se ver. Talvez seja uma coisa de latino: ao colocar uma referência em cada cena, era como se eu estivesse espalhando água benta em tudo!”
Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni
Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição
Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025
Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções
Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja
Filho de John Lennon, Julian Lennon é diagnosticado com câncer