Por dentro da série da emissora norte-americana AMC, o maior drama da TV a cabo atualmente
David Peisner Publicado em 28/10/2012, às 17h10
O texto a seguir é um trecho da matéria da edição de 8 de novembro da Rolling Stone EUA.
Quando quase 11 milhões de pessoas assistiram à estreia da terceira temporada de The Walking Dead, na emissora norte-americana AMC, no dia 14 de outubro, aquele se tornou o episódio mais assistido de um drama da TV a cabo na história. Mas uma pessoa-chave nem mesmo colocou o programa para gravar. "Eu não assisto à série", diz Andrew Lincoln, que estrela o programa como Rick Grimes, o xerife de uma pequena cidade que se torna líder do grupo de sobreviventes durante o apocalipse zumbi. "Eu não me assisto atuando já faz alguns anos. Não gosto."
Apesar de Lincoln, The Walking Dead se tornou um fenômeno – empurrou para fora os vampiros e se tornou o campeão dos mortos-vivos, reinando na cultura pop. Mas de acordo com o showrunner Glen Mazzara, as hordas de “walkers” de The Walking Dead são circunstanciais na história que ele está contando. "O programa não é sobre zumbis”, ele diz. "É sobre sobrevivência – contra um mundo selvagem, temos apenas nós mesmos e uns aos outros para nos protegermos.”
Durante suas duas primeiras temporadas, The Walking Dead ficou no limite entre uma série sobre criaturas – zumbis são eliminados de forma grotesca com tiro no cérebro, pé-de-cabra na cara e golpes de machado de rachar o crânio – e diversas parábolas a respeito da natureza humana. "Os zumbis são esse bando sem nome de criaturas que se movem sem cansaço e te apavoram", diz Sarah Wayne Callies, que interpreta a esposa de Grimes, Lori. "Então, se sua hipoteca custa duas vezes o valor da sua casa, eles usam esse medo. Se você teme que a Terra esteja se tornando um lixão poluído, os zumbis se tornam uma metáfora para isso."
Metáfora ou não, The Walking Dead leva seus zumbis a sério. O design deles é assinado pelo guru dos efeitos especiais vencedor do Emmy Greg Nicotero e os figurantes que os interpretam têm que frequentar uma “escola sobre zumbis” para garantir que os movimentos deles não fiquem "Frankenstein demais", diz Lincoln.
Os zumbis também garantem que haverá sempre uma contagem alta de cadáveres na série, o que deixa o elenco ansioso. "Eu estaria mentindo se não dissesse que leio as cinco últimas páginas primeiro”, diz Sarah. Por causa disso, o elenco também desenvolveu um ritual para dar adeus aos que se vão. "Desenvolvemos ‘jantares de morte’", ela conta. "Isso dá a todos a chance de ficar bêbado e dizer ‘vamos sentir muito sua falta’. Mas como tem muita gente atenta para o que acontece na série, temos que disfarçar o jantar de festa de aniversário para que a equipe não fale demais e não vazem spoilers.”
Conforme a terceira temporada estreia, Mazzara está mais empolgado com todas as coisas que The Walking Dead ainda tem pela frente. "A temporada passada foi um prefácio para a história principal que estamos prestes a contar", ele diz. “Na temporada dois eles estavam buscando ajuda. Agora a questão é ‘do que precisamos para sobreviver quando não tem nenhuma ajuda chegando?’ O jogo começou.”
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