J. J. Abrams mantém o respeito aos quase 50 anos do universo trekkie, sem deixar de caprichar nas cenas de ação que devem fazer do filme um sucesso de bilheteria
Paulo Cavalcanti Publicado em 14/06/2013, às 14h14 - Atualizado às 14h27
O reboot de Star Trek feito em 2009, idealizado pelo produtor e diretor J.J. Abrams, deu tão certo que ninguém teve dúvida de que a nova encarnação da franquia teria muitos anos de vida. Nesta sexta, 14, estreia o segundo filme da renascida série. Além da Escuridão - Star Trek recebeu algumas críticas por ser menos ousado do que o primeiro. Na verdade, Abrams percebeu que o público já aceitou a visão do novo Star Trek e buscou referências maiores na série clássica dos anos 60 e nos filmes que o elenco original estreou nas décadas de 80 e 90.
Os dez maiores vilões de Star Trek.
O filme começa onde o primeiro parou. O capitão James T. Kirk (Chris Pine) agora é comandante da Enterprise e Spock (Zachary Quinto) está firme a seu lado como primeiro oficial da nave estelar. As missões de exploração pelo espaço seguem. Mas, quando em missão de observação em um planeta primitivo chamado Nibiru, Kirk desobedece à primeira diretriz de não interferência quando precisa salvar a vida de Spock, prestes a morrer em um vulcão. Kirk é retirado do comando da nave e a Enterprise volta às mãos de Christopher Pike (Bruce Greenwood), mentor de Kirk. Pike acha que Kirk é apenas afobado e merece uma segunda chance. Assim, o coloca como primeiro oficial da Enterprise.
Depois que uma base da Frota Estelar em Londres é atacada, o comando se reúne para discutir como pegar o autor dos atentados terroristas, um oficial renegado chamado John Harrison (o inglês, Benedict Cumberbatch, que verdadeiramente rouba a cena). Harrison ataca o encontro de oficiais, e passa a ser perseguido. A caçada leva Kirk e a tripulação à fronteira do planeta Kronos, onde habita o povo Klingon. A invasão ao espaço Klingon pode levar a um conflito com a raça inimiga dos humanos. Mas isso é pouco comparado ao poderio de Harrison. Aos poucos é revelada a verdadeira identidade dele e os motivos que o levaram a querer a destruição da Terra. A partir do momento em que todos sabem quem realmente é Harrison, o filme vira uma corrida contra o tempo, já que o vilão é ardiloso e mortal o suficiente para cumprir seus intentos.
Além da Escuridão - Star Trek foi feito para todo mundo. Os fãs veteranos não vão poder dizer que os amados e icônicos personagens foram desvirtuados. Novamente Kirk, Spock, McCoy (Karl Urban), Uhura (Zoe Saldana), Scott (Simon Pegg), Sulu (John Cho) e Chekov (Anton Yelchin) trazem a essência da tripulação original. Nada fica com jeito de paródia ou imitação. Existe um respeito a tudo o que construído ao longo dos quase 50 anos de existência do universo trekkie. Mas não se ganha dinheiro apenas com reverência e nostalgia. Os efeitos em 3D são explorados com eficiência – especialmente na sequência de abertura no exótico planeta Nibiru. Não faltam explosões, barulhos ensurdecedores, correria e lutas, mas nada chega ao nível histérico das produções de Jerry Bruckheimer. A sutileza e talento de Abrams falam mais alto.
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