É o Fim mostra como as celebridades reagiriam ao apocalipse

Os diretores Seth Rogen e Evan Goldberg explicaram a versão cômica deles para o fim dos tempos

Paulo Terron, de Cancun

Publicado em 21/04/2013, às 14h25 - Atualizado às 14h46
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É o Fim - divulgação

Os Maias podem ter errado a previsão para o fim do mundo, mas a constante sensação de que algo – uma guerra nuclear, o aquecimento global – pode concluir repentinamente a presença humana na Terra é a inspiração para a comédia É o Fim, escrita e dirigida pela dupla Seth Rogen e Evan Goldberg. “Muita gente tem pensado no fim do mundo porque realmente parece que ele vai acabar logo”, explicou Goldberg em uma coletiva de imprensa para divulgar o filme em Cancun, no México, neste domingo, 21.

“Como fãs de cinema, vimos muitos filmes sobre o fim do mundo ao longo dos anos”, completou Rogen. “Por causa dessa coisa dos Maias, está na mente das pessoas agora. Mas quando estávamos crescendo havia Independence Day, A Última Esperança da Terra, e Além da Imaginação tratou bastante de temas apocalípticos.” A abundância de longas sobre o tema ajudou na elaboração do roteiro, segundo Rogen. “Para nós, quanto mais desses filmes há por aí, melhor para que possamos tirar barato dessas regras [estabelecidas pelos enredos].”

A grande diferença de É o Fim é que nele Rogen, James Franco, Jonah Hill, Jay Baruchel, Craig Robinson e Danny McBride interpretam eles mesmos. E é durante uma festa cheia de famosos - Rihanna, Michael Cera, Mindy Kaling também estão presentes - na casa de Franco que o fim dos tempos começa a se desdobrar. “Todos eles amaram”, contou Goldberg. “E nada foi uma imposição: sentamos com cada um e conversamos sobre o que eles queriam fazer.”

Os cineastas brincaram dizendo que Cera foi o único com restrições quanto ao roteiro, mas – como trailer indica – o ator é um dos que tem as piadas mais pesadas, inclusive envolvendo drogas e sexo. O que não quer dizer que ele seja assim na vida real, segundo Rogen. “Todo mundo interpreta uma versão tão maluca dele mesmo que acabou sendo muito divertido, com versões que exageram a percepção que o público tem de cada ator – ou fazendo o contrário e subvertendo esse conceito. Praticamente todos que convidamos aceitaram e fizeram coisas bem mais extremas do que imaginávamos.”

Se todos os rostos parecem ter algo em comum, é porque têm mesmo: a maior parte do elenco trabalhou anteriormente com a dupla em filmes escritos por ela, como Superbad – É Hoje e Segurando as Pontas. “Nunca foi uma opção chamarmos quem não fosse amigo, porque não topariam. Não dá para ligar pro Matt Damon...”, explicou Goldberg. “Eu o aconselharia a não aceitar!”, brincou Rogen.

Uma presença inesperada, entretanto, é a de Emma Watson, com uma maluca que usa um machado para roubar os suprimentos de Rogen e companhia. “Somos grandes fãs de Harry Potter, o que posso dizer?”, riu Rogen, referindo-se aos oito filmes no qual a atriz interpretou a bruxinha Hermione. “Alguém como, por exemplo, Mila Kunis, poderia ser imaginada como uma pessoa que anda nos mesmos círculos que nós”, explicou Goldberg. “E queríamos alguém de fora.”

A dupla só faz questão de não revelar o que causa o apocalipse no filme. “Talvez seja o diabo, talvez não! Podem ser vários desastres naturais ao mesmo tempo...”, contou Rogen, com Goldberg completando: “Ou alienígenas!”. ““Pode ser o Roland Emmerich”, encerrou rindo Rogen, referindo-se ao diretor de filmes de destruição como Independence Day, 2012 e O Dia Depois de Amanhã. É o Fim estreia no Brasil em setembro.

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