Filme é dirigido por Tata Amaral e protagonizado por Denise Fraga e César Troncoso
Paulo Gadioli Publicado em 15/04/2013, às 16h35 - Atualizado às 16h48
Romântico, histórico, desesperador, sensível, esperançoso. São diversos os adjetivos cabíveis a Hoje, novo longa da paulista Tata Amaral. O filme, que chega aos cinemas nesta sexta, 19, traz Denise Fraga e César Troncoso interpretando um casal separado pelas perseguições do período da ditadura. Mas em vez de reconstruir o passado, Tata opta por apresentar seus talentosos protagonistas já na década de 90, revelando os ecos que, mesmo anos e anos após o fim do regime, ainda afetam as vidas dos personagens.
“Mais do que uma decisão racional, foi intuitiva”, conta a diretora, falando sobre a escolha dos atores. “O talento dos dois já estava mais do que comprovado, não precisava de testes”, diz. Ela escalou o uruguaio César Troncoso para viver o par romântico de Denise Fraga porque queria “alguém que estivesse fora todo esse tempo, para que a história acontecesse de forma mais natural”.
Embora Troncoso não tenha vivido a ditadura brasileira, ele buscou inspiração no regime militar ocorrido em seu país. “Não precisei procurar muita coisa do Brasil pois no Uruguai foi muito parecido, desaparecimentos, tortura. Eu vivi um pouco da ditadura uruguaia então o trabalho de pesquisa interior não foi muito necessário”, conta.
Voltar ao passado foi importante para Hoje. Denise Fraga revela que assistir aos depoimentos dos perseguidos e torturados, colhidos por Tata antes da realização da minissérie Trago Comigo, foi essencial. “Também fizemos trabalhos de improvisações, alguns jogos pra gente se conhecer, criar intimidade e tudo isso deixou a gente em um estado sensorial muito bom pra delicadeza que viria a ser o set desse filme”, revela Denise.
“A gente ensaiou, mas quando chegamos no set tantas outras coisas foram descobertas, pequenas filigranas que saiam de um novelo. Cada olhar que o César dava vinha uma coisa, outra, então foi muito rico”, relembra a atriz.
Com Hoje, Tata Amaral apresenta uma íntima história de amor e, ao mesmo tempo, um olhar sobre os efeitos da ditadura na vida dos diretamente afetados. “É como se nós, na sociedade brasileira, tivéssemos colocado [os efeitos] em uma caixa que não é aberta, então aí você tem deturpações, aberrações como pessoas dizendo que não aconteceu”, diz Tata.
“Não existirão histórias íntimas suficientes a esse respeito pra fazer com que a gente, através da arte, tente entender e digerir uma coisa tão difícil˜, finaliza Fraga, apontando o caráter multifacetado tanto do filme Hoje quanto de sua personagem, segundo ela “a mais complexa que já interpretou”.
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