Chris Pratt, destaque do quarto filme da franquia, até consegue controlar os letais velociraptores
Paulo Cavalcanti Publicado em 11/06/2015, às 13h35 - Atualizado às 14h18
Quando Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros estreou em 1993, o longa-metragem foi uma enorme sensação, não só pelos avanços técnicos que permitiram que os dinossauros voltassem à vida, mas também pela própria exuberância como o diretor Steven Spielberg (A Lista de Schindler ) contou a história baseada no best-seller de Michael Crichton. Duas boas sequências seguiram em 1997 (O Mundo Perdido: Jurassic Park) e em 2001 (Jurassic Park III).
Neste momento, a franquia retorna com tudo, devidamente adaptada aos tempos tecnológicos e furiosos em que vivemos. Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, que chega às telonas brasileiras nesta quinta-feira, 11, tem uma ou outra ideia aproveitada dos filmes anteriores, mas no geral o roteiro assinado por Rick Jaffa (Planeta dos Macacos: O Confronto) e Amanda Silver (A Relíquia) traz um nova perspectiva sobre os animais pré-históricos.
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Vinte anos se passaram desde que o milionário John Hammond concebeu o Parque dos Dinossauros na Ilha Nublar, em Costa Rica. Agora, após o desastre inicial, o local funciona a todo vapor, atraindo turistas de todo o mundo e se chama Mundo dos Dinossauros. Mas, depois de anos de sucesso, o elaborado parque temático vê a frequência cair, já que o público a essa altura acha que dinossauros já são coisas “normais”.
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Para dar um upgrade, o milionário proprietário Masrani (Irrfan Khan) e administradores comandados pela ambiciosa e neurótica Claire (Bryce Dallas Howard) resolvem criar uma nova espécie, maior, mais letal, mais inteligente, mas também imprevisível. O problema é que o híbrido, chamado Indominus Rex, não está disposto a cooperar. Depois que a fera consegue habilmente escapar do cercado onde está sendo mantida até ser exibida para o público, a crise bate forte.
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Por coincidência, Owen (Chris Pratt), ex-namorado de Claire, está no local para supervisionar a segurança relativa ao monstro. Ele é uma mistura de Indiana Jones moderno com domador de dinossauros – até consegue controlar os letais velociraptores. Owen é a voz da razão entre tantas pessoas cheias de motivações dúbias. Previsivelmente, com o Indominius à solta, é instaurado um verdadeiro caos no parque temático. No final, depois de muita histeria e algumas mortes, o local é literalmente devastado. Mas quem pensa que com isso a franquia chegou a um beco sem saída, está enganado. Ao longo do longa é sugerido um novo e mais intrincado uso para os dinossauros.
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O diretor Colin Trevorrow (Sem Segurança Nenhuma) faz um bom trabalho e não deixa o ritmo cair. Imprime a este quarto filme da série um clima mais sinistro e violento – algumas cenas são até ligeiramente sádicas. Mas a marca criativa do produtor executivo Spielberg também está em todos os cantos. Como, por exemplo, em algumas referências a filmes anteriores dirigidos por ele como ET – O Extraterrestre e Tubarão e até ao clássico Os Pássaros, do mentor dele Alfred Hitchcock, quando ferozes dinossauros alados escapam do aviário e infringem o terror aos indefesos frequentadores do parque.
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Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros também faz algumas críticas políticas e sociais veladas, tecendo comentários sobre o poder dos supermagnatas, e da corrupta influência dos militares que, aqui no caso, querem usar os monstros pré-históricos para seus fins obscuros. Mas isto tudo é bem secundário. O público que vai assistir ao filme quer mesmo presenciar em 3D os dinossauros respirando e se movimentando, brigando entre si e destroçando quem ousa os enfrentar. E isto Jurassic World tem de sobra.
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