<i>Missão: Impossível - Protocolo Fantasma</i> - Reprodução

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma estreia nesta quarta, 21, no Brasil

Quarto filme da cinessérie é hiperbólico: com exagero mínimo, faz tudo maior, melhor e mais ousado do que nos longas anteriores

Stella Rodrigues Publicado em 21/12/2011, às 12h36 - Atualizado às 12h54

Estreia no Brasil nesta quarta, 21, o quarto capítulo cinematográfico da vida do agente do IMF Ethan Hunt (Tom Cruise). Missão: Impossível – Protocolo Fantasma dosa bem dois traços estruturais que a cinessérie carrega desde seu início: efeitos visuais e aquela sensação de “ah, tá bom que ele conseguiu fazer isso aí sem morrer”. São características de qualquer filme de ação e aventura que se preze, mas que fora da medida têm o poder devastador de acabar com qualquer ilusão e credibilidade, vide o segundo Missão.

O escolhido pouco convencional para a direção, Brad Bird, cujo currículo é carimbado de grandes produções do mundo da animação (Ratatouille, Os Incríveis), tinha um missão própria. Mais do que fazer algo à altura das superproduções entregues por Brian De Palma (1996, Missão Impossível), John Woo (2000, Missão Impossível 2) e J.J. Abrams (2006, Missão: Impossível III), cabia a ele desenvolver efeitos que fizessem bonito no IMAX, que torna tudo ainda mais espetaculoso. Ele foi o contratado certo para a tarefa – não só pelas suas habilidades de pós-produção, mas também pelo trabalho desenvolvido com os personagens de carne e osso, que não somem diante de tantas artimanhas tecnológicas.

A trama se aproveita de um recurso sempre interessante em histórias de espionagem, investigação e ação, e que de certa forma integrou o primeiro longa. O que acontece quando a empresa que te dá suporte (seja o FBI, a CIA, a CONTROL, de Agente 86, o IMF, o que for) corta seus recursos? Não tem mais superaparelhagem, equipe a postos, não dá para chamar reforço. É nesse apuro que se encontra Hunt quando a IMF é acusada de ter bombardeado o Kremlin e a agência é desautorizada pelo governo. Ele conta apenas com: o alívio cômico Benji (interpretado pelo sempre divertido Simon Pegg), especialista em tecnologia que acaba de receber permissão para atuar em campo – e, como é de se esperar, não é dono da maior destreza do mundo; um agente com intenções pouco claras (William Brandt, levado à vida por Jeremy Renner) que, ao lado do personagem de Cruise, protagoniza um dos momentos mais piegas de todos os “Missões”; e a agente Jane Carter (Paula Patton), que preenche a cota de mulheres lindas que correm, matam e destroem do alto de seus saltos, sem nunca tropeçar (nenhuma novidade aí).

Rodado em Los Angeles, Moscou, Praga, Dubai, Mumbai e Vancouver, o filme se destaca em relação aos anteriores pelos fatores maior, melhor, mais intenso e ousado. Uma cena da perseguição em plena tempestade de areia e uma outra em que Cruise escala o Burj Khalifa, construção mais alta do mundo, contando apenas com uma engenhoca desenvolvida por Benji, servem para mostrar que os personagens dão conta de levar adiante a missão sem os truques da IMF – que é possível ser espetaculoso sem necessariamente ser falso ao extremo.

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