Pussy Riot - AP

Integrantes do Pussy Riot recorrem da condenação

A banda punk russa diz que as sentenças mostram que Putin está “com medo”

Rolling Stone EUA Publicado em 28/08/2012, às 11h47 - Atualizado em 29/08/2012, às 15h43

Um advogado das integrantes da banda punk russa Pussy Riot recorreu da condenação das artistas, que foram acusadas de “vandalismo” por causa de um protesto contra o presidente Vladimir Putin em uma catedral de Moscou este ano. As informações são da agência Reuters. Elas afirmam que estão mais comprometidas do que nunca com o objetivo de tirar o presidente do poder.

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Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, de 24 anos, e Yekaterina Samutsevich, de 30, foram sentenciadas cada uma a dois anos de prisão por causa de sua manifestação com uma “oração punk” anti-Putin, em fevereiro, na Catedral Cristo Salvador de Moscou. O advogado delas, Nikolai Polozov, diz que ele duvida que a corte vá voltar atrás na condenação. "Se a corte obedece a lei, não vai descartar o veredito", diz Polozov, "mas sendo realistas, entendendo todos os esforços feitos pelo estado nesse caso, o veredito não será revertido."

Diversos músicos como Paul McCartney, Madonna e Red Hot Chili Peppers se manifestaram em favor do Pussy Riot no caso que alegam ser politicamente motivado para que seja reprimida a dissidência ao presidente Putin.

A polícia russa está a procura de outras integrantes do grupo, sendo que duas delas saíram do país no fim de semana. A roqueira Yekaterina Samutsevich, que foi presa, disse ao jornal The Guardian que o julgamento aumenta a pressão por mudanças.

“Nosso veredito mostra como o regime de Putin está com medo de qualquer um que questione sua legitimidade”, disse, em resposta a perguntas escritas enviadas por meio do advogado da banda.

Yekaterina disse que por ora o futuro do Pussy Riot é incerto, embora o empenho por mudanças políticas tenham crescido. “Nós, assim como muitos cidadãos do país, estamos desejando cada vez mais que Putin perca o monopólio do poder, já que sua imagem não aparenta mais ser tão completa e terrível”, escreveu.

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