"Nossa busca é pelo atemporal, acima de qualquer outra coisa", conta a banda
Igor Brunaldi Publicado em 26/11/2018, às 11h57
Nesta segunda, 26, a banda Kill Moves lança o clipe do single "Fade Someday", com exclusividade pela Rolling Stone Brasil. A faixa está disponível nas plataformas de streaming desde a última sexta, 23.
Com direção do vocalista Vitor Jabour e produção assinada pela própria banda e pelo Coletivo Mofo, o vídeo, totalmente gravado em filme, reflete por meio da imperfeição das imagens captadas as várias falhas que fazem parte do nosso existir e que consequentemente inspiram e são reproduzidas em qualquer forma de arte. A sonoridade da música, encharcada de efeitos, compõe uma parede sonora que, assim como a própria vida, reveza e oscila entre o tenro, o reflexivo e o áspero.
Nascida em Belo Horizonte e formada por Jabour, Estevão Maldonado, Clayton Vilaça, Adolfo Lothar e Yago Phelipe, a Kill Moves faz parte do selo paulistano Balaclava Records, e já lançou dois EPs que podem ser ouvidos nos serviços de streaming: No Rewind (2016) e Transition (2017).
Conversamos com a banda sobre lançamentos futuros, inspiração e pessoas que criticam o shoegaze. Leia abaixo.
Por que vocês decidiram gravar o clipe em película?
Mais do que nunca a produção de imagens se tornou algo banal. Formatos analógicos, apesar da fetichização e dos modismos, ainda conservam elementos capazes de nos revelar novas impressões sobre o mundo de hoje superando qualquer nostalgia mal resolvida. O processo do começo ao fim foi muito significativo e esse contato com a química, com a matéria bruta do filme e as limitações que envolvem a plataforma nos proporcionaram uma energia única. Nossa busca é pelo atemporal, acima de qualquer outra coisa.
Quais os sentimentos que mais influenciam suas composições?
Todos possíveis. Na prática o mundo acontece além de qualquer expectativa. Quando a necessidade de expressar algo surge apenas nos deixamos levar.
Tem disco no horizonte?
Sim. Não fazemos ideia de como vai ser e essa tá sendo a maior motivação no momento. Enquanto o álbum não sai temos alguns lançamentos em mente, músicas quase prontas que estão na fase final de produção.
Quais as suas maiores influências fora do mundo da música?
Nossa ideia de música se estende pra muito além de qualquer cena ou movimento cultural. Tem a ver com o movimento da vida, com a necessidade que nós, enquanto animais pensantes, temos de interpretar o Universo e construir novos mundos. Contemplar o eterno e o efêmero se atracando nesta orgia desenfreada que chamam de "cotidiano" é um movimento perceptivo necessário, urgente, portanto não há exagero algum em afirmar que literalmente tudo ao redor nos inspira. No meio dessa suruba cósmica, Ciência, Magia, drogas, o movimento dos astros, a desigualdade entre as espécies e a grandeza da vida ordinária nos impulsionam a continuar existindo enquanto força ativa em forma de banda. O que surge além disso, a burocracia da vida adulta e as armadilhas do mercado, a gente resolve como pode.
Qual é a melhor resposta para quem reclama de som barulhento e diz que shoegaze é ininteligível?
Não existe música boa ou ruim, existe música. Todo o resto é problema seu.
Assista abaixo ao clipe de "Fade Someday".
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