Interpol revisita a carreira em show do Planeta Terra

Banda fez uma viagem ao longo de seus 14 anos de carreira, e foi aprovada pelo público

Stella Rodrigues

Publicado em 06/11/2011, às 01h31 - Atualizado às 14h34
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Interpol no Planeta Terra - Foto: Marcos Issa/Argosfoto/Divulgação

Os nova-iorquinos têm fama de serem frios e “direto ao ponto”. No caso do show realizado pelo Interpol, no Planeta Terra, essa objetividade toda foi bem recebida. Com poucas palavras, o vocalista Paul Banks liderou uma apresentação de pouco mais de uma hora, iniciada com cinco minutos de atraso, e com mais de uma dúzia de músicas. A perfomance foi acompanhada para uma pista cheia, no Sonora Main Stage.

O grupo abriu com a faixa “Success”, do álbum mais recente da banda, Interpol (2010), trabalho que pareceu empolgar menos ao longo da apresentação. Emendaram com “Say Hello to the Angels”, de 2002, que, aí sim, levantou o público. A plateia demonstrou em diversos momentos uma tendência saudosista, fazendo mais barulho conforme as canções mais antigas apareciam no set list.

“Narc”, faixa de Antics, de 2004, foi bastante comemorada e o público fez um bom trabalho de puxar a letra na memória.

“The Heinrich Maneuver”, “Slow Hands”, “Obstacle 1”, “Barricade”, “C'Mere” e “Length of Love” também fizeram parte do show. Como o tempo foi relativamente curto, ficou aquele gosto de sempre de que faltou um sucesso ou outro, como “No I in Threesome”, por exemplo. Contudo, no geral, a banda deu conta de matar a saudade do público brasileiro, após anos sem dar as caras por aqui, e repassar de forma equilibrada toda sua carreira.

Banks, apesar de não fazer firulas, não foi blasé – apenas passou longe de clichês usados por artistas para conquistar o público ao vivo. Ao final, agradeceu muito – na língua dele e na nossa – e brincou que “obrigado” era mesmo a única palavra que sabia em português.

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