Terceiro filme do integrante de Os Vingadores tem muita ação, mas também muito humor, com Chris Hemsworth ainda mais engraçado como o herói bonachão meio atrapalhado
Paulo Cavalcanti Publicado em 25/10/2017, às 06h00
Enquanto os filmes da DC são sempre sombrios e pesados (Mulher-Maravilha, mesmo com seus inúmeros aspectos positivos, ainda carrega muito disso), a concorrente Marvel, via de regra, opta pela leveza e comicidade. Parecia que os jogo ia inverter, recentemente, especialmente depois que as obras mais recentes da Marvel, como Os Vingadores, apesar de também maravilhosas, começaram a se levam a sério demais. Thor: Ragnarok, com muito humor camp e frases de efeitos, devolve os pés da empresa no chão – mesmo com toda a ação se passando bem longe da Terra.
A graça dos outros dois filmes do herói, Thor (2011) e Thor: Mundo Sombrio (2013) é que o herói interpretado por Chris Hemsworth é sempre mostrado como um peixe fora d’água. Hemsworth o interpreta como “o grandão bobo”, aquele cara super bem intencionado que acha consegue tudo, mas que no meio do caminho escorrega em uma casca de banana de forma hilariante. Agora, no filme que estreia nesta quinta, 26, o ator leva a caracterização de herói meio atrapalhado ao extremo.
Fim do Mundo: Thor: Ragnarok traz nova vilã, nova heroína e velhos heróis se tornando vilões
Sem entregar muito da história do terceiro capítulo, Thor se encontra aprisionado no meio do universo e consegue derrotar seu captor, o terrível demônio Surtur. Mas ele não espera que Hela (Cate Blanchett), sua irmã mais velha, retorne do nada para cumprir a profecia do Ragnarök, que é a destruição total dos mundos dos deuses nórdicos. A primogênita, que também é a Deusa da Morte, revela segredos sombrios sobre o pai deles, Odin (Anthony Hopkins), e reclama o trono de Asgard – para conseguir isso, naturalmente, é preciso eliminar o pretenso herdeiro Thor. De quebra, a vilã quer exterminar a população do planeta.
Thor escapa e vai parar em Sakaar, um estranho planeta retrô. O líder do local, chamado Grande Mestre (Jeff Goldblum), acha que é uma espécie de antigo imperador romano e organiza lutas de gladiadores em um simulacro de Coliseu. No local, Thor encontra o irmão, Loki (Tom Hiddleston), que continua dado a truques e trapaças. Ele caiu nas boas graças do Grande Mestre e não está disposto a ajudar Thor. Agora como gladiador, Thor vai ter que enfrentar a mais poderosa e indestrutível atração da arena de Sakaar: seu colega Vingador, o Incrível Hulk (Mark Ruffalo).
Nesta parte da franquia, ninguém precisa se preocupar com vilões vociferantes, destruição de planetas e aniquilação de populações inteiras. O diretor neo-zelandês Taika Waititi imprime um ritmo ágil e também entra na onda de homenagear a atmosfera dos anos 1980 – a trilha sonora é feita por Mark Mothersbaugh, da banda new wave Devo. No momento em que alguma situação se torna solene ou trágica em demasia, o balão é esvaziado com alguma piada (e a maior delas são boas) ou um trocadilho infame.
O timing cômico do elenco é perfeito. Cate Blanchett interpreta Hera como se fosse uma diva do cinema dos anos 1940. O Grande Mestre de Goldblum é hilário, um vilão tão amigável e exagerado que a gente acaba torcendo por ele. A rivalidade de Thor com o canalha Loki se torna cada vez mais divertida e intrigante. E o herói que dá nome ao filme também tem grandes momentos ao lado do Hulk – Mark Ruffalo, aliás, também mostra ter o dom da comédia. Não bastasse tudo isso, o longa ainda tem uma ponta divertida de Benedict Cumberbatch como o Doutor Estranho. No ano que vem, Thor retornará em Vingadores: Guerra Infinita e o personagem deverá ficar um pouco mais sério. Enquanto isso não acontece, é hora de se divertir com ele em Thor: Ragnarok.
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