Com ótimas atuações de Tom Hanks e Emma Thompson, trata-se de um bom filme para todos e algo imperdível para quem é fã da personagem
Paulo Cavalcanti Publicado em 07/03/2014, às 12h43 - Atualizado às 13h23
Pamela “P.L.” Travers, autora do livro Mary Poppins, não era a pessoa mais fácil do mundo. Por mais de 20 anos, Walt Disney tentou comprar os direitos da obra para transformá-la em um filme. Na primeira metade da década de 60, P.L .Travers, que estava sofrendo de bloqueio criativo e não conseguia escrever mais nada, via sua conta bancária minguar e finalmente aceitou a proposta do magnata de Hollywood. Ela impôs tantas condições que qualquer um desistiria na hora. Mas Walt Disney, usando todo seu charme e perspicácia, fez de tudo para que Travers cedesse.
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Essa é a premissa de Walt nos Bastidores de Mary Poppins, que estreia nesta sexta, 7. Emma Thompson vive Pamela Travers, uma mulher de meia idade que oscila entre a arrogância e fragilidade. Ela sai de uma Londres provinciana e chega à moderna Los Angeles, mas não se impressiona com a mordomia com que é tratada e com as novidades dos Estados Unidos. Mesmo a contragosto, ela decide arriscar e segue com as negociações com o ardiloso Walt Disney (Tom Hanks). A escritora se encontra com Disney. O cineasta diz a ela que dar vida a Mary Poppins é uma promessa que ele fez as filhas e que não vai desistir tão fácil. No processo criativo da adaptação, a autora ainda se depara com os irmãos Richard e Robert Sherman (Jason Schwartzman e B.J. Novak, respectivamente), compositores das canções do filme, e com Don DaGradi (Bradley Whitford), o roteirista do longa.
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Em meio às desventuras de Travers em Hollywood, sempre tratadas de forma cômica, o filme recorre a uma série de flashbacks. Eles mostram Travers ainda criança (vivida por Annie Rose Buckley) morando no interior da Austrália. É revelado que o nome verdadeiro dela é Helen Lyndon, mas ela é chamada de Ginty. A garota, cheia de imaginação e vivacidade, é muito apegada ao pai alcoólatra e tuberculoso, chamado Goff Travers (Colin Farrell). São as amargas experiências na Austrália que motivam a criação do personagem Mary Poppins e formam o caráter austero e reservado da futura P.L. Travers.
Mesmo com os inúmeros contratempos, Mary Poppins virou filme e foi o campeão de bilheteria em 1964. Travers odiou o resultado final, embora isto não seja dito no filme, que preferiu um “final feliz”, mostrando a autora emocionada com a produção. Naturalmente, Walt nos Bastidores de Mary Poppins, dirigido por John Lee Hancock, é imperdível para quem é fã de Mary Poppins, mas não é um produto hermético e pode ser assistido pelo público em geral sem grandes problemas. Tom Hanks é maior do que a vida na pele de Walt Disney e Emma Thompson acerta o tom como a difícil P.L. Travers.
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