O futuro sujo e escuro com Harrison Ford no papel principal tinha carros voadores e escravos criados geneticamente
Redação Publicado em 26/11/2019, às 10h43
O tempo voou, e novembro de 2019, época que se passa o filme (não mais) futurista Blade Runner (1982) chegou. O mundo mostrado pelo longa é escuro, sombrio e bem diferente do nossa realidade, mas existem críticas sociais ainda muito válidas.
Blade Runner mostra uma Los Angeles afetada pela evolução da Guerra Fria, e sim, a União Soviética ainda existe tanto no filme quando no livro de Phillip K. Dick Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?, na qual poluição e mudanças climáticas são problemas reais.
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Outro problema que também se traduziu para a realidade é a diferença colossal entre ricos e pobres. Sendo já presente nos anos 1980, ela aumenta em Blade Runner, e no mundo também aumentou. E também o filme foi uma espécie precursor do sucesso da distopias futuristas, que passaram a vender muito nos próximos anos.
Mesmo sendo fracasso de bilheteria no ano do lançamento, as vendas de livros e filmes de ficção distópica subiram massivamente ao longo das décadas, e o relançamento de Blade Runner em 2007, com um corte especial do diretor Ridley Scott, foi aclamada pelo público e crítica.
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Quanto a outras tecnologias, ainda não temos carros voadores ou hologramas, mas temos anúncios digitais, ligações com vídeo e assistentes pessoais com inteligência artificial, todos citados pelo longa. Porém, as redes sociais e a invenção da Internet não existem no futuro/presente do filme.
Uma coisa que felizmente não se realizou foi a mudança na moda. Enquanto alguns estilistas famosos como Alexander McQueen e Jean Paul Gaultier usaram Blade Runner como referência em desfiles, as roupas repletas de látex, neon, chapéus esquisitos e detalhes brilhantes não estão na moda das ruas.
Veja neste tuíte como eram as roupas de Blade Runner ou clique aqui:
Em tradução livre: “Blade Runner é agora então eu finalmente posso me vestir assim”.
Outra coisa que também somos gratos por não ter se concretizado são os “robôs” do filme. Eles na verdade são humanos criados em laboratório, os replicantes, e vários deles se voltam contra a humanidade para se libertar da vida escrava deles, de maneira psicótica e violenta.
Esse “futuro” bizarro retornou aos cinemas em Blade Runner 2049 (2017), novamente com Harrison Ford como o caçador de andróides Rick Deckard, e com um novo rosto, K, interpretado por Ryan Gosling.
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