“Duvido que Frank Sinatra se importava com o que estaria na capa dos discos dele”, comenta o guitarrista e vocalista
Rolling Stone EUA Publicado em 16/09/2014, às 16h25 - Atualizado às 20h08
Jack White é frequentemente taxado como alguém que mantém o espírito do rock and roll vivo no novo milênio, mas se você perguntá-lo, ele preferia estar fazendo música em qualquer outra década que não esta. Foi isso que o músico disse ao apresentador Dan Rather, no The Big Interview, em uma conversa abrangente, tratando desde a mudança de White para Nashville até como ele sente inveja dos músicos dos anos 1960.
No programa, White recorda uma conversa que ele teve com Bob Dylan quando os dois estavam discutindo as diferenças da indústria musical entre os anos 1960 e hoje em dia. “Estava conversando com Bob Dylan e disse a ele: ‘De certa forma, vocês tiveram muita sorte nos anos 60’. Todas as técnicas de gravação que nunca haviam sido usadas antes, o movimento dos direitos civis estava chegando ao auge, a Guerra do Vietnã”, diz White. “O mundo inteiro estava mudando... Havia muito sobre o que cantar”.
Jack White toca duas faixas acústicas em palácio francês; assista.
Em contraste com a rebeldia os anos 1960, White peleja para encontrar inspiração na juventude atual. “Não vejo nada de bonito nos adolescentes sentados lado a lado mandando mensagens de texto e não olhando no rosto um do outro. Não vejo beleza na maneira com que a música pop é gravada em computadores e Auto-Tune, e apresentada de maneira plastificada”, segue White. “Acho que simplesmente dou o meu melhor em tudo que faço para tentar frustrar essas ideias, e mostrar as coisas em algo que é, no mínimo, um esforço para alcançar a verdade e a beleza”.
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“É bem mais difícil agora, e tenho um pouco de inveja dos artistas de outras décadas porque parece que você podia basicamente fazer seu trabalho e não se preocupar com essas coisas periféricas”, acrescenta o vocalista e guitarrista. “Essa ideia de que agora tenho que ser um comerciante só para ser um músico, você meio que tem que se vender o tempo inteiro agora. Penso que dava para ser somente um compositor, e as todas as outras pessoas em sua volta fariam o resto. Duvido que Frank Sinatra se importava com o que estaria na capa dos discos dele”.
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