Músico afirma que publicação teria distorcido suas palavras
Da redação
Publicado em 27/10/2009, às 16h36Jarvis Cocker desmentiu a recente boataria sobre a volta do Pulp em 2010. Desde domingo, 25, ganha força na internet a falsa informação de que a banda pode se apresentar na edição de 40 anos do festival Glastonbury.
A confusão começou a partir de uma entrevista ao site britânico People, relacionado ao tabloide The Mirror. O britânico revelou, então, que "Glastonbury significa muito" para ele. "Adoraria tocar lá de novo. Falamos sobre isso, lá vamos nós, haverá uma reunião de banda." Como Cocker nunca foi membro de outro grupo, parecia óbvio supor que a referência dizia respeito à banda de Sheffield que ajudou a fundar em 1978 (o desmanche aconteceu há sete anos).
Segundo Cocker, a publicação distorceu suas palavras. Ao Planet Sound, o músico negou categoricamente a reforma do conjunto, que "não tem planos de voltar". "Alguém me perguntou se eu gostava da ideia de tocar no 40º aniversário do Glastonbury. Eu disse sim, e eles induziram isso para uma história sobre 'a reforma do Pulp'. Não é verdade."
O Pulp foi uma das atrações principais da edição de 1995 do Glastonbury, substituindo o Stone Roses, que cancelou de última hora. A performance da banda de Sheffield é, até hoje, considerada um dos pontos mais altos na história do festival.
Cocker já lançou dois álbuns solos desde o fim do Pulp e até ensaiou carreira cinematográfica: fez uma ponta em Harry Potter e o Cálice de Fogo e tem um personagem inspirado nele na primeira animação de Wes Anderson, O Fantástico Sr. Raposo, em exibição na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Em maio, à revista britânica Q, ele desmotivou qualquer fã que apostasse um futuro retorno do Pulp. "Vivemos numa era em que nostalgia e repetição são escolhas de estilos de vida. Também aprecio isso: vou ao YouTube ver coisas que não via desde pequeno. Mas sou um cara 'do contra'. Se alguém quer que eu reforme a banda, tendo a querer o oposto."