Javier Bardem diz que não queria conhecer irmãos Menendez e 'falar com assassinos'

Em Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, Javier Bardem interpretou Jose Menendez, assassinado pelos filhos, Erik e Lyle

Intérprete de Jose Menendez na série Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, produzida pela Netflix, Javier Bardem revelou como não queria conhecer Erik e Lyle Menendez durante a pré-produção para evitar "falar com assassinos."

Baseada em uma história real, o seriado criado por Ian Brennan e Ryan Murphy narra o caso polêmico que tornou os irmãos Erik e Lyle (interpretados por Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez, respectivamente) famosos. Eles assassinaram os pais, Jose e Kitty Menendez, e sempre alegaram que tomaram a decisão após anos de abuso físico e sexual.

Durante entrevista à Variety, Bardem explicou como prestou atenção especial a Chávez e Koch para garantir que não permitissem que a escuridão do projeto os consumisse. "No início da jornada, eu disse: 'Gente, vamos nos lembrar... e tentar lembrar que somos amados, que temos famílias que realmente se importam conosco, são respeitosas conosco, nos amam, e pessoas que nós mal podemos esperar para voltar porque os amamos,'" relembrou.

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'E vamos jogar o jogo que esta história exige de nós como atores. Mas não esqueçamos que é um jogo. É uma ficção. Não vou, de forma alguma, colocar nada de mim mesmo nisso, e não quero fazer ou dizer algo que vocês podem esperar porque está escrito, mas também outras vezes pode não estar escrito ou endereçado nas notas, e isso pode acontecer, por favor, não leve para o lado pessoal. Estes são José, Kitty, Erik e Lyle.'

Em seguida, Javier Bardem disse que ele e colegas de elenco não contataram Erik, Lyle ou outros integrantes da família, seja antes ou durante as filmagens: "Eu não queria. Em primeiro lugar, eu não sabia muito ou basicamente nada sobre a história quando Ryan Murphy conversou comigo, porque não era tão grande na Espanha."

"E então, quando comecei a investigar, pensei: 'Uau, este é um material muito, muito sensível.' Mas aí tentei ler e procurar material onde pudesse ver ou entender mais do [José], mas não tinha," continuou o artista na conversa.

Ele se baseava apenas no que as pessoas diziam sobre ele, especialmente os filhos. Eu sabia que precisava confiar na pesquisa que Ryan e Ian Brennan fizeram. Estava tudo lá na escrita. Então eu disse: 'Não preciso falar com ninguém.' E também fiquei muito, muito… a palavra não é medo, mas nunca senti por um segundo que seria capaz de falar com os assassinos.

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