Guitarrista do Led Zeppelin também revela desejo de lançar uma autobiografia póstuma
ANDY GREENE Publicado em 09/05/2014, às 16h12 - Atualizado às 17h03
Jimmy Page passou os últimos anos cavando fundo nos arquivos do Led Zeppelin para a série de luxo de relançamento dos álbuns do grupo, mas agora que o projeto está pronto, o guitarrista pode, finalmente, focar na própria carreira. “Eu toco guitarra pelo menos uma vez na semana”, ele diz. “Mas agora que o projeto do Zeppelin está terminado, tocarei diariamente por um bom tempo. Quero voltar à forma. Sou perfeccionista quanto a essas coisas”.
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Page não lança um álbum de inéditas desde Walking Into Clarksdale (1998), dele com Plant, e dez anos antes ele lançou Outrider, seu primeiro e único disco solo. “Sou um personagem incomum no mundo da música”, ele diz. “Das pessoas com quem você conversa, quantas dizem que têm apenas um álbum solo?”
Isso não significa que ele não continuou a compor. “Tenho muito material que escrevi no violão”, ele diz. “Bastante coisa. E agora preciso voltar a ter velocidade, e isso não vai levar muito tempo. Mas não sei com quais músicos eu tocaria. Eu tenho material e paixão para isso. Preciso trabalhar nisso, e agora eu consigo, sem ter que me preocupar com os relançamentos [do Led Zeppelin]”.
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Uma das últimas vezes que Jimmy Page tocou em público foi em 2009, na cerimônia de inclusão de Jeff Beck ao Hall da Fama do Rock and Roll, quando ele fez uma jam com Beck em uma versão incendiária de “Beck’s Bolero” que desembocou em trecho de “Immigrant Song”. Foi um vislumbre tentador das possibilidades de Beck e Page comandarem uma turnê, o que, com certeza, seria um bom negócio. Ainda esse ano, Beck disse à Rolling Stone EUA que ele estaria interessado na tal turnê. “Se você conseguisse convencer Jimmy a aparecer em algum lugar”, ele disse. “Ele aparece nos eventos mais improváveis e então desaparece de novo. Ele tem um lado completamente privado, como eu. Mas nós nos divertimos bastante quando estamos juntos, e se ele aparecesse, aí faríamos um bom pacote”. Assista abaixo:
Page está ligeiramente menos entusiasmado com a ideia. “Seria bem legal”, ele diz. “Mas não sei. Não sei o que vai acontecer. Nesse momento, é seguro dizer que não estive fazendo shows. Estive trabalhando no projeto do Zeppelin, mas, agora, pretendo alcançar um ponto em que possa fazer algumas apresentações. Mas o que serão esses shows, ainda não sei. Tenho ideias do que quero fazer, mas elas são um pouco complexas. Gostaria muito de tocar ao vivo novamente. Adoro tocar ao vivo. É maravilhoso.”
Uma biografia de Jimmy Page seria, provavelmente, um grande sucesso, mas não espere vê-la nas lojas tão cedo. “Tenho sido abordado pelas pessoas em relação a isso”, ele revela. “Eu digo a eles: ‘Vou considerar a ideia de fazer um livro, mas eu queria que ele fosse lançado de maneira póstuma’. Tenho uma longa carreira na música, desde quando eu tinha 13 anos de idade. Passei por todos esses tempos de mudança com a explosão do rock and roll, a influência oculta do blues, e como isso chegou à Inglaterra. Tenho visto documentários que são muito bem feitos, mas eu vivi tudo isso.”
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Então, por que esperar até a morte para lançar tal livro? “Dessa maneira posso contar toda a história do que realmente aconteceu”, ele afirma. “Eu não quero pessoas atrapalhando e censurando isso com advogados. Não, não, não.”
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