Richard Nixon viu o ex-beatle como uma ameaça para sua reeleição
Redação Publicado em 20/06/2019, às 10h30
Em 1970, quando John Lennon iniciou a sua carreira solo e um ano depois de se mudar para Nova York com Yoko Ono, os dois se tornaram famosos por suas posições anti-guerra com a faixa "Give Peace a Chance".
Naquela época, o FBI ficou muito interessado em Lennon quando ele começou a usar a sua influência em assuntos políticos dos EUA em 1971. Depois que a sua canção de protesto "John Sinclair" levou um homem a liberdade ao ser condenado por posse de maconha, Richard Nixon deu as caras e começou a observar o cantor.
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Quando Lennon falou em fazer uma turnê pelo país contra a campanha de reeleição de 72 de Nixon, não houve como voltar atrás. Foi a primeira vez que a idade do voto havia sido reduzida para 18 anos. O presidente, da época, se preocupou com a capacidade de Lennon de influenciar o eleitorado nas primeiras eleições com a classificação de faixa etária.
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Em 1972, Lennon já havia sido muito claro sobre os seus sentimentos em relação a Nixon. Na verdade, a única pessoa que ele "destruiu" mais do que Paul McCartney no disco Imagine, foi Nixon. A música "Give Me Some Truth" é um ótimo exemplo.
Com a campanha de reeleição se aproxiamndo, e e os jovens de 18 anos elegíveis para votar pela primeira vez, Nixon ficou preocupado com o que poderia acontecer, e então, ele começou a enviar agentes do FBI para os shows de Lennon.
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Na sequência, o governo soube que Lennon tinha uma condenação por porte de maconha na Inglaterra. O que tecnicamente desqualificaria Lennon de entrar no país. Nixon viu a situação como uma abertura assim que o visto de turista de Lennon expirasse. E então, em 1972, ordenou a deportação de Lennon do país.
A verdade é que Nixon não estava preocupado com alguma ameaça imaginária. O ex-beatle realmente planejava seguir Nixon pelo país e fazer shows depois que o presidente falasse nas convenções. De alguma forma, Nixon considerou esse gesto uma ameaça real às suas chances de reeleição.
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O governo exigiu que uma ordem de deportação fosse enviada para Lennon. Ao tomar conhecimento, o cantor e compositor disse que não estaria montando qualquer tipo de oposição à campanha de reeleição. Claramente, a campanha de intimidação de Nixon havia funcionado e John estava evitando a deportação.
No fim, ele convocou seus amigos para prestarem depoimento ao seu favor. Joan Baez, Bob Dylan, Joseph Heller e Leonard Bernstein, escreveram para a orgqanização em nome de Lennon. "Viva para John e Yoko", escreveu Dylan. "Deixe-os ficar e viver aqui."
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Quando as eleições chegaram, o medo de Nixon se mostrou infundado pois ele conseguiu facilmente a reeleição. Enquanto isso, o processo legal contra Lennon começou a dar sequência. Mas em 1975, ele teve a ordem de deportação anulada por juízes dos EUA. Um ano depois, ele conseguiu seu cartão verde e se tornou um residente permanente.
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