Há 50 anos, o sucesso de Johnny Cash at Folsom Prison garantia ao astro country o posto de um dos melhores músicos da história
STEPHEN L. BETTS, Rolling Stone EUA Publicado em 11/11/2019, às 21h38
Nesta segunda, 11, o YouTube Originals lançou o documentário The Gift: The Journey of Johnny Cash (O Dom: A Jornada de Johnny Cash em tradução livre). O filme de 90 minutos, dirigido pelo ganhador do Emmy e do Grammy Thom Zimny, mostrará depoimentos de Bruce Springsteen, Emmylou Harris, além de familiares do músico, como a filha Rosanne Cash e o filho John Carter Cash.
Também contará com uma composição original escrita e tocada pelo guitarrista do Pearl Jam Mike McCready.
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As peças centrais profundamente espirituais do filme são os efeitos remanescentes que a morte acidental em 1994 do irmão Jack, de 14 anos, teve em Johnny Cash, que tinha 12 anos na época. E, as históricas gravações dos concertos na Folsom Prison em 1968 que deram para Cash uma compreensão renovada de seu lugar e propósito no mundo.
Por meio desses eventos, os temas de pecado e salvação estão ligados à experiência de sucesso, excesso e, finalmente, redenção de Cash.
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"Você sempre tinha a sensação de que meu pai estava tentando se livrar da dor", disse Rosanne Cash. "Ele resolveu seus problemas mais profundos no palco, com uma audiência."
Separamos 10 coisas que aprendemos com o filme:
O longa recebeu o título O Dom por causa da mãe de Cash. Em uma entrevista em áudio em preparação para a autobiografia, Cash relembra a proclamação da mãe depois de ouvir o filho adolescente cantar pela primeira vez. “Minha mãe disse: ‘Deus está com a mão em você. Nunca se esqueça do seu dom. Foi a primeira vez que ela chamou isso. Cantando, escrevendo para a minha voz ... esse é o dom".
Ele conheceu a primeira esposa, Vivian Liberto, durante o serviço militar no Texas.
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Cash trabalhou como interceptor de rádio no exército. O emprego deveu-se em parte ao dom de Cash em entender a linguagem e a cadência das comunicações.
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Cash deixou a Sun Records de Sam Phillips após ter uma promessa de liberdade criativa na Columbia Records.
June Carter, a mulher que se tornaria a segunda esposa de Cash, entrou para a equipe da turnê do músico em 1962, pouco antes dele gravar a música "Ring of Fire".
Os motivos de Cash para a longa série de álbuns conceituais que ele gravou nos anos 1960 - dedicando o trabalho para o Velho Oeste, aos nativos americanos e outros - foram explicados em um segmento de entrevista que permanece assustadoramente relevante.
“Cem anos se passaram e se foram. É bom ressaltar os erros que cometemos; o que fizemos com essas minorias - o anti-semitismo que ainda está em curso neste país, os anti-negros, anti-imigrantes, anti-mulheres e o quase genocídio dos aborígenes da América”, disse Cash.
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Em 1965, Cash apresentava a aparência muito magra durante as turnês. Além disso, mostrava ter o comportamento muitas vezes difícil causado pelo abuso contínuo de drogas. Tudo isso causou alarme na equipe e nas pessoas próximas ao cantor. No entanto, o próprio Cash também notou as mudanças e se preocupou.
A tentativa de Cash de redenção ocorreu durante uma experiência espiritual dentro de uma caverna perto de Chattanooga, Tennessee.
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Pouco depois de largar as drogas, Cash tocou o lendário concerto da Folsom Prison, casou-se, teve o filho John Carter Cash e lançou a popular série ABC-TV.
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Embora as vendas de discos tenham caído nos anos 1970 e 1980, Cash conseguiu se reconectar com as filhas e encontrou novas maneiras de alcançar o público.
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