Filme marca a segunda parte da nova franquia da escritora J.K. Rowling, criadora da saga Harry Potter
Paulo Cavalcanti Publicado em 13/11/2018, às 19h24
Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, prequel da franquia Harry Potter criado pela escritora inglesa J.K. Rowling, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 15, com mais dúvidas do conclusões para o espectador.
Trata-se de um capítulo intermediário do que promete também ser uma longa e frutífera série, dirigido por David Yates, o mesmo que cuidou de Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016) e foi encarregado de encerrar os últimos quatro filmes da saga Harry Potter.
Agora, contudo, o que era suspense está escancarado. Mais que o foco nos "animais fantásticos", é uma história que mostra duas visões de mundo. Há uma cisão entre bem e mal, personificadas pelos atores Jude Law e Johnny Depp.
Law é Alvo Dumbledore, Depp interpreta Gellert Grindelwald, o tal bruxo do título. Eram amigos de outros tempos, tão distantes e mais simples. Naquele presente, passam a representar ideologias rivais.
Em 1927, Grindelwald (Depp), o perigoso mago proto-nazista adepto da prática da eugenia, está para ser encarcerado em um local de segurança máxima. É um sujeito que vê os bruxos puro sangue, como são chamados aqueles de linhagem mágica, superiores aos humanos.
Fica claro que o frio e ardiloso Grindelwald irá escapar. Em uma cena deslumbrante e vertiginosa, ele deixa para trás seus captores em Nova York e ruma para Paris. O objetivo é juntar forças com seus comandados e também buscar o paradeiro do misterioso Credence Barebone (Ezra Miller), cujas ações e existência podem ser a chave para o equilíbrio (ou desequilíbrio completo) do universo.
Enquanto tudo acontece, o retraído e excêntrico magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne), o herói formal do filme, encontra-se em Londres vigiado por seus superiores, incluindo o irmão Theseus Scamander (Callum Turner), que é um auror (os policiais encarregados em investigar os crimes que envolvam magia).
Então, aparece o Professor Dumbledore (Law, excelente no papel), que convence Newt a encontrar e deter Grindelwald. Mesmo relutante – ele está proibido de sair da Inglaterra depois dos desastres ocorridos em Nova York no primeiro filme -, Newt vai para Paris, acompanhado por Tina Goldstein (Katherine Waterston) e amigo Jacob Kowalski (Dan Fogler). Vai, também, com as criaturas mágicas carregadas dentro de sua maleta.
É preciso dizer que Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald tem alguns problemas. Existem muitas subtramas e uma quantidade enorme de atores em cena – às vezes, fica difícil acompanhar o que está acontecendo, e quem está fazendo o quê, e qual o motivo para isto.
O filme é longo e nem assim dá conta de contar tudo. E Newt Scamander ainda parece um coadjuvante em seu próprio filme. O jeito tímido dele é charmoso, mas Redmayne ainda não explorou todo o potencial do personagem.
O que importa é que a atmosfera do filme, que mistura o charme da era do jazz da década de 1920 com os cacoetes britânicos, é irresistível. Os efeitos especiais e a cinematografia são de primeira – destaque para a arquitetura dos cenários, que juntam um acabamento gótico com Art Déco.
O clima é mais sombrio e violento, e algumas mortes até são brutais. A linha fina entre o bem e mal é bem definida, e a batalha final é de arrepiar. O filme já deixa claro que o embate entre Dumbledore eGrindelwald, que deverá acontecer em futuros filmes, será sensacional.
Mesmo com um ou outro empecilho, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, é programa obrigatório, um das grandes pedidas da temporada.
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