Jornal diz Brittany Murphy pode ter consumido drogas contaminadas por veneno de rato

De acordo com o New York Post, havia cocaína misturada com produtos tóxicos, inclusive veneno de rato, circulando por Los Angeles na época da morte da atriz

Redação

Publicado em 21/11/2013, às 12h50 - Atualizado às 14h01
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Brittany Murphy - Divulgação

De acordo com a coluna de fofocas Page Six, do jornal New York Post, Brittany Murphy pode ter sido exposta a substâncias tóxicas, incluindo veneno de rato, ao consumir drogas ilegais.

De acordo com o jornal, na época da morte da atriz, dezembro de 2009, circulava bastante por Los Angeles metanfetamina e cocaína que tinham sido misturadas a coisas tóxicas, incluindo veneno de rato, item citado no novo laudo, divulgado esta semana, de um novo exame pedido pelo pai de Murphy, Angelo Bertolotti.

No primeiro exame, realizado naquela época, foram encontrados vestígios de remédios, mas não de drogas ilegais. A polícia de Los Angeles havia determinado a causa da morte de Brittany e do marido como anemia e pneumonia, mas o pai da atriz nunca aceitou isso como verdade e vinha brigando todos esses anos pela autorização para fazer mais exames – especialmente pela coincidência de ela e o marido terem a mesma causa de morte em tão pouco tempo.

De acordo com um novo laudo, emitido pelo laboratório particular The Carlson Company, contratado por Angelo Bertolotti, pai da atriz, Brittany e o marido, o produtor Simon Monjack, podem ter sido envenenados. Os dois morreram em um intervalo de cinco meses e, segundo o laudo, os organismos de ambos tinham dez metais pesados em quantidades bem acima do normal.

As amostras de cabelo da atriz, que tinha 32 anos, continham níveis de duas a nove vezes acima do que a Organização Mundial de Saúde considera “altos” para uma série de produtos tóxicos, que costumam fazer parte da composição de veneno de rato e inseticida. De acordo com o laboratório, os sintomas apresentados pelo casal pouco antes da morte - dores de cabeça, dores abdominais, tonturas, tremores, taquicardia, tosse, falta de ar e pneumonia – estão de acordo com aqueles apresentados por pessoas que sofrem envenenamento por essas substâncias.

“Minha filha não era anoréxica e nem viciada em drogas, como sugeriram repetidamente. Brittany e Simon foram ridicularizados pelo The Hollywood Reporter quando reclamaram sobre estarem sendo constantemente vigiados e temerem por suas vidas. Não descansarei até que a verdade sobre esses trágicos eventos seja revelada. Haverá justiça para Brittany”, disse Bertolotti, pai da atriz, ao Examiner. Ele que compartilhou o resultado do exame com a imprensa e levou os dados para a polícia na esperança de que o caso fosse reaberto.

Porém, o site The Wrap conversou com um renomado toxicologista a respeito do caso e ele questionou os resultados dos exames que geraram polêmica esta semana. O doutor Bruce Goldberger, diretor de medicina forense na Universidade da Flórida e presidente da Associação Americana de Toxicologia Forense, destacou que esse laudo de forma alguma prova que a atriz teria sido assassinada (hipótese levantada pelo laboratório) e afirma que tratamentos capilares poderiam explicar como foram encontrados metais pesados na amostra de cabelo dela que foi examinada.

“Brittany Murphy era uma moça linda quando morreu e estou certo de que tinha feito diversas alterações no cabelo. Os próprios tratamentos capilares podem mudar a química da amostra. O cabelo é como uma esponja, é suscetível à contaminação externa”, disse.

Golberger, que considerou irresponsável por parte do laboratório afirmar que ela poderia ter sido envenenada intencionalmente apenas com o exame capilar, afirmou que as vítimas desse tipo de crime costumam exibir evidências de envenenamento também nas unhas e que nenhum sinal disso foi mencionado no laudo.

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