O senador é suspeito de receber dinheiro da Odebrecht e participar de um esquema lavagem de dinheiro transnacional
Redação Publicado em 03/07/2020, às 10h09
O senador José Serra foi denunciado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro transnacional, segundo informações da Folha de S. Paulo. A operação Revoada foi acionada e irá cumprir oito mandados de busca e apreensão em imóveis São Paulo e no Rio de Janeiro, incluindo o do político do PSDB.
O empresário José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra, filha do senador e alvo da operação ao lado do pai, tiveram empresas com nomes ocultos fora do Brasil, que serviram para receber transferência da Odebrecht.
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"Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle”, descreve o documento oficial.
Ele continua: "Neste contexto, realizaram numerosas transferências para dissimular a origem dos valores, e os mantiveram em uma conta de offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica Serra até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça."
De acordo com delações premiadas, Ramos foi lobista e parceiro dos integrantes do PSDB, mas como os crimes foram cometidos em 2007, eles foram prescritos - ou seja, perderam o tempo de validade para receber punição.
Governador de São Paulo entre os anos de 2007 e 2010, Serra é acusado de usar a “influência política” dele para conceder favores aos envolvidos nas obras da Rodoanel Sul em troca de receber dinheiro da Odebrecht, entre os anos de 2006 e 2007.
Os documentos afirmam que o esquema foi mantido até 2014, porém, dois anos depois, os crimes de Serra até 2010 foram prescritos.
As denúncias também mencionaram inúmeras vezes Paulo Vieira de Souza, que é suspeito de usar o nome Paulo Preto para atuar junto com os tucanos e receber propina nas obras da estatal de rodovias Dersa, além de dar “evidências de que agia em nome de José Serra e subordinados seus, como Aloysio Nunes Ferreira [ex-senador e ministro]”.
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