Rick Rubin conta a história por trás do lançamento de “Only One”, que tem Paul McCartney nos teclados
Rolling Stone EUA Publicado em 08/02/2015, às 13h03
Após as sessões frenéticas e cheias de prazo que deram origem ao disco Yeezus (2013), de Kanye West, o produtor Rick Rubin não fica mais impressionado com a rapidez do rapper para produzir as canções. Então, quando chegou a hora de finalizar “Only One”, balada surpresa em colaboração entre West e Paul McCartney, Rubin estava preparado para a conclusão apressada – um processo que envolveu diversos engenheiros de som e mixagens alternativas.
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“Eu estava em St. Barths, dois dias antes de o single sair”, escreveu o veterano produtor no site de comentários Genius. “Kanye disse: ‘Estou pensando em lançar ‘Only One’ amanhã’. Eu disse: ‘Podemos mixá-la?’ E ele ficou, tipo: ‘Não mudou muita coisa – é mais ou menos o que era’.”
Rubin acrescentou: “E eu não ouvia a música há cerca de dois meses, então pedi a ele que a enviasse para mim, e ele fez isso. Eu disse: ‘Acho que ela pode soar melhor do que está’. Nunca realmente terminamos a canção.”
“Chamamos todos os engenheiros – eu estava tentando fazer tudo isso acontecer de maneira remota. E nós tivemos uns três engenheiros diferentes”, seguiu ele. “Era o dia antes do réveillon e estávamos tentando aproveitar o tempo no estúdio, pegando aqueles arquivos. Então, todos eles começaram a me enviar mixagens.”
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“Achei que uma delas era melhor que as outras, e Kanye concordou. Um cara masterizou, porque era preciso, e eles entregaram. Eu tinha outro cara masterizando, e estava melhor, mas já era tarde demais. Acho que trocamos na manhã seguinte. Foi em tempo real! Tipo, o quanto antes ficava melhor, tínhamos que mudar.”
Rubin admite que West – quem ele descreve como uma “combinação de cuidadoso e espontâneo” – prospera na iminência do caos. E esse estresse vale a pena pelos resultados geniais no final. “É assim que funciona no mundo de Kanye”, ele diz. “Isso costumava me deixar ansioso, mas agora eu sei que é desse jeito mesmo.”
“É assim que ele gosta de trabalhar”, narra Rubin. “Ele encontra um tema que lhe agrada rapidamente e, então, encara isso por um momento, sem colocar todas as palavras até mais tarde. No fim, ele vai preenchendo todos os espaços vazios.”
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O produtor acrescenta: “Ele ficou triste em certa altura, quando eu disse que ele compôs a letra muito rápido. Ele está certo – elas ficam lá dentro por um longo tempo, ele monta as frases dentro do cérebro, convive com isso, e então os versos surgem. Isso definitivamente tem início nessa coisa extremamente espontânea.”
“Only One”, uma balada esparsa com participação de McCartney nos teclados e West cantando sob pesados efeitos de Auto Tune, foi composta da perspectiva da mãe do rapper, Donda, que morreu em 2007 após complicações de uma cirurgia. Rubin diz que muitas das letras “surgem sem forma definida, improvisadas”, acrescentado que “a música é essencialmente orgânica, composto no momento”. “Algumas das palavras são aperfeiçoadas depois”, continua ele. “Mas a maioria de tudo vem diretamente do fluxo de consciência.”
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