“Sempre me agoniou ser mais fácil tocar em Paris, Londres, Barcelona, do que em qualquer outra cidade da América do Sul”, diz a cantora
Stella Rodrigues Publicado em 07/09/2012, às 10h07 - Atualizado em 10/09/2012, às 11h07
No próximo dia 21, Karina Buhr se apresentará no Niceto Club, na feira de discos BAFIM, em Buenos Aires. Ela mostrará aos hermanos o show do disco Eu Menti Pra Você (2010), seu primeiro, que está sendo lançado no país pelo SonoAmerica, selo que já levou para lá Emicida, Criolo, Do Amor e outros artistas brasileiros. Karina contou à Rolling Stone Brasil que está ansiosa para divulgar o álbum por lá. Não porque tenha grandes ambições de conquista do mercado latino e de aumento de vendas, mas para "espalhar o som", como ela afirma.
"É principalmente para abrir esse caminho. Eu sempre quis fazer isso. Sempre foi uma coisa que me agoniou ser mais fácil tocar em Paris, Londres, Barcelona, do que em qualquer outra cidade da América do Sul", comenta Karina. "Tem um caminho mais aberto na Europa para os festivais. E, além de tocar, sempre quis lançar o disco", diz ela, contando que ao mesmo tempo que procurava colocar essa vontade em prática, foi encontrada pela SonoAmerica, que buscava um novo artista brasileiro para o mercado argentino.
Os músicos que estão se lançando por lá buscam uma rota um pouco diferente da que costumava ser mais comum. Em vez de gravar suas músicas em outras línguas para tentar agradar o mercado internacional, lançam exatamente o mesmo material, em português mesmo. Aliás, pensar em gravar em espanhol é algo que provoca um susto em Karina: "Meu Deus, não! Eu ia adorar, mas aí precisaria saber algum espanholzinho sincero antes, em vez de enrolar", ri. "A ideia é mostrar esse trabalho e depois lançar o segundo. Quero mostrar uma história que já existe, que não vou mudar porque é outro país. Vou tentar espalhar essa música nesse país, e não tentar me adaptar. A não ser que fosse algo natural – se, por exemplo, eu tivesse alguma ligação com algum músico de lá, aí ele participaria de uma faixa-bônus, algo assim. Eu não saí caçando isso, não."
Quando questionada sobre a intenção de continuar a "espalhar o som" em outros territórios, ela interrompe, animada. "Tenho muita, muita, muita [vontade]! De ir para o Chile... para todo canto! Uma das coisas mais legais de se trabalhar com música, além da própria música, é essa possibilidade de viajar o mundo todo, tocar em todo lugar e ver a repercussão de públicos diferentes para a mesma música, isso varia muito."
Esse "problema" da língua é algo que Karina já enfrentou nas duas apresentações que fez na Dinamarca, na feira WOMEX e no festival Roskilde. "Ao mesmo tempo que foi estranho para mim cantar pela primeira vez sem as pessoas entenderem a letra, foi também muito interessante ver a reação das pessoas nessas circunstâncias."
"Na Argentina não tem tanto essa coisa da língua. É uma barreirinha, porque não é a mesma língua, mas sem dúvida rola uma identificação muito maior", ela continua. "Quero descobrir qual vai ser desse meio termo, estou muito curiosa. Vou ter que arrumar novas maneiras de expressar o que a letra está falando."
Mesmo evitando raciocinar em termos de mercado, ela arrisca afirmar que há uma movimentação maior de brasileiros na cena argentina. "Acho que está rolando uma movimentação que eu vou entender melhor quando chegar lá. Tem muito mais gente indo, está rolando uma circulação legal e acho que deve ter um público, sim."
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