O presidente da Marvel Studios falou, pela primeira vez, a respeito da polêmica que envolve os próprios filmes no último mês
Redação Publicado em 11/11/2019, às 11h23
Pela primeira vez, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, se pronunciou a respeito da polêmica que envolveu os próprios filmes no último mês.
No início de outubro, o aclamado cineasta Martin Scorsese provocou uma discussão barulhenta em torno das produções cinematográficas da Marvel. Em uma entrevista para o Empire, o cineasta vencedor do Oscar disse que os filmes do estúdio são mais parecidos com "passeios em parques temáticos do que ir ao cinema".
"Não é o cinema de seres humanos tentando transmitir experiências emocionais e psicológicas a outro ser humano", afirmou. Na sequência, Francis Ford Coppola e Jon Favreau compartilharam da mesma opinião e o diretor da trilogia O Poderoso Chefão categorizou os filmes da Marvel como "desprezíveis".
Até então, nenhum comentário público de Feige havia sido feito. Mas agora, o produtor cinematográfico compartilhou os próprios pensamentos em uma ampla conversa com o colunista do The Hollywood Reporter, Scott Feinberg, sobre o último episódio do podcast Awards Chatter.
"Todo mundo tem uma definição diferente de arte", afirma o arquiteto do Universo Cinematográfico da Marvel.
"Acho que é lamentável", diz Feige quando questionado sobre a opinião de que os filmes de super-heróis são negativos para o cinema.
"Acho que eu e todo mundo que trabalha nesses filmes adora cinema, adora ir ao cinema, adora assistir e viver uma experiência em uma sala cheia de gente".
Desde o lançamento do Homem de Ferro, em 2008, a Marvel Studios reformulou o cenário dos grandes cinemas. Quatro dos dez filmes de maior bilheteria tem vindo de estúdios que são propriedade da Disney, incluindo Vingadores: Ultimato, que em julho, superou o Avatar e se tornou o filme com maior bilheteria de todos os tempos.
Embora esses filmes tenham reúnido um público gigantesco, Scorsese argumentou que eles não têm "riscos reais".
"O que não existe é revelação, mistério ou perigo emocional genuíno", escreveu Scorseseem um artigo publicado no The New York Times. "Nada está em risco. As imagens são feitas para satisfazer um conjunto específico de demandas."
Para refutar a opinião, Feige pontua: "Fizemos Guerra Civil. Tivemos nossos dois personagens mais populares em uma briga teológica e física muito séria", diz Feige. "Matamos metade de nossos personagens no final de um filme [Vingadores: Guerra Infinita]. Acho divertido pegar nosso sucesso e usá-lo para correr riscos e ir a lugares diferentes".
Scorsese também afirmou que "infelizmente, a situação é que agora temos dois campos separados: há entretenimento audiovisual mundial e cinema".
"Eles ainda se sobrepõem de tempos em tempos, mas isso está se tornando cada vez mais raro."
Feige, que não conhece pessoalmente Scorsese, enfatiza que, no final, a arte é uma coisa subjetiva.
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"Todo mundo tem uma definição diferente de cinema. Todo mundo tem uma definição diferente de arte. Todo mundo tem uma definição diferente de risco", diz Feige.
"Algumas pessoas não acham que é cinema. Todo mundo tem direito a sua opinião. Todo mundo tem o direito de repetir essa opinião. Todos têm o direito de escrever artigos sobre essa opinião, e estou ansioso pelo que acontecerá a seguir. Mas enquanto isso, continuaremos fazendo filmes".
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