The Kooks no Lollapalooza 2015 - Divulgação/MRossi

Lollapalooza 2015: em plena metamorfose, The Kooks não ignora hits do primeiro disco e encanta plateia feminina

Grupo inglês encerrou performance com “Naïve”, introduzida sob muitos gritinhos

José Flávio Júnior Publicado em 29/03/2015, às 18h51 - Atualizado às 19h54

OK, sabemos que o The Kooks não é mais aquela banda meio folk, meio indie rock de 2006, ano de seu primeiro disco. A formação tem soado bem mais R&B e soul, quase como uma reposta britânica ao Maroon 5. Mas os fãs que encheram o espaço do palco Onix não podiam ficar sem os hits do começo da carreira. E, exceto pela ausência de “See The World”, o quarteto de Brighton (mas sediado em Londres) entregou o que a plateia queria. Teve “Ooh La”, “Eddie’s Gun”, “She Moves in Her Own Way” e “Always Where I Need to Be” (esta, destaque do segundo CD, Konk, de 2008). O melhor: sem mudar muito os arranjos das músicas antigas (imagine aqui uma piscadinha para Jack White).

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Não dá para negar que é curioso quando o grupo passa das faixas suingadinhas de Listen (2014) para o repertório dos primórdios. O contraste ficou mais evidente no instante em que o vocalista Luke Pritchard emendou a acústica “Seaside” com a recente “Westside”. Mas o público, majoritariamente feminino, nem ficou tão perdido com as direções opostas. Já sem o prestígio e a força comercial de quando surgiu (Listen não passou uma mísera semana entre os discos mais vendidos do Reino Unido), o The Kooks, ao menos no fim da tarde de domingo, 29, no Lolla, teve recepção de banda grande.

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Os gritinhos mais estridentes foram ouvidos quando Pritchard puxou os primeiros acordes de “Naïve”, a última do roteiro e uma das seis representantes do álbum de estreia no setlist. O refrão, que pode ser traduzido como “Eu sei que ela sabe que não gosto de perguntar/ Pode ser mentira ou verdade/ Ela ainda está atrás de mim”, foi cantado com paixão pelas tietes. Tema para pensarmos no trem de volta para a civilização, quando o festival acabar: fidelidade, até que ponto vale a pena?

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