Na primeira passagem pelo Brasil, cantora mostrou hits de seu bem-sucedido disco Born to Die
Lucas Reginato Publicado em 09/11/2013, às 22h52 - Atualizado em 10/11/2013, às 03h24
Começou, conforme estava estipulado, às 19h30 o show de Lana del Rey no Planeta Terra 2013. A moderna orquestra que acompanha a cantora apresentou a introdução que tentou acalmar uma evidente expectativa. Os mais ansiosos contaram os cinco minutos que durou a espera até que a estrela, vestida toda de branco, surgisse e ficasse surpresa com a própria popularidade.
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A cara de espanto parecia verdadeira, e se não fosse suficiente a multidão que a aguardava, bastaram os primeiros versos de “Cola” para que ela verificasse como é querida por aqui. Não se ausentaram também aqueles que foram ao show a contragosto, para enumerar as falhas da cantora que, por outro lado, encontrou rejeição apenas de uma minoria insistente.
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É a primeira passagem de Lana pelo Brasil. Depois de cantar aos mineiros em Belo Horizonte, encontrou o público paulista de prontidão. O repertório apresentado foi, claro, retirado majoritariamente de seu Born to Die, assim como de Paradise, a edição de luxo do bem-sucedido álbum.
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Antes mesmo de iniciar a segunda canção, “Body Electric”, a estrela desceu até o público para encontrar pessoalmente alguns do que se esmagavam na grade. Distribuiu beijos no início e no fim do show. Foram momentos que, se esfriaram o espetáculo para a maioria, foram certamente inesquecíveis para alguns dos fervorosos fãs que receberam o calor da diva.
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“Blue Jeans” e “Born to Die” continuaram a testar o coro que em momento nenhum hesitou. Mesmo quando a cantora mostrou “Young and Beautiful”, sua possível candidata ao Oscar com o filme O Grande Gatsby, e o cover de “Knockin' On Heaven's Door”, de Bob Dylan, que se em um primeiro momento pode parecer inusitado faz completo sentido na forma como foi interpretada.
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Os que foram a contragosto certamente notaram limitações na voz da artista, mas o conceito bem definido, com uma melancolia decadente e bonita, supera as falhas na exaltação típica de uma popstar. O telão acompanhou o clima e projetou imagens aleatórias, sempre no estilo "retrô-Instagram", ou trechos de clipes como “Ride” – o monólogo que acompanha o curta-metragem de mesmo nome silenciou a plateia que guardou a voz para um final explosivo.
“Summertime Sadness” fez dançar com as batidas econômicas que harmonizam guitarras e violinos. Os hits “Video Games” e “National Anthem” finalizaram em clímax o espetáculo. Envolta em bandeiras colecionadas na segunda e última excursão pela plateia, Lana reiterou a surpresa diante dos numerosos fãs e desejou um reencontro. “Espero que não demore mais três anos até que eu volte”, disse, antes de sair do palco, provando talvez a humanidade de uma figura quase intocável, como costumam mesmo ser as divas do pop norte-americano.
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