O diretor é conhecido por ser bastante bruto ao comandar um filme
Redação Publicado em 17/07/2020, às 14h31
Não é fácil trabalhar com Stanley Kubrick. Em O Iluminado (1980), exemplo mais conhecido da teimosia do diretor, o mesmo take era feito dezenas de vezes para, propositalmente, levar os atores ao limite da raiva e frustração. Em Laranja Mecânica (1971) não foi muito diferente, como detalhou Malcolm McDowell, o Alex.
Em turnê de divulgação de The Big Ugly, novo filme dele, o ator contou ao The Guardian: “O filme de Kubrick foi insuportável. Tudo é comparado à Laranja Mecânica, o que cansa. Mas é o que acontece quando você trabalha com gigantes.”
A revista enfatizou que McDowell descreveu Kubrick como “brutal demais”. Não é segredo que o diretor não tem muitos limites: no set de 2001: Uma Odisséia no Espaço, viu o dublê Bill Weston correr perigo ao ficar em ambiente com privação de ar - mas preferiu continuar filmando no lugar de acudir.
Como exemplo mais famoso, há O Iluminado. Para conseguir a melhor performance, o diretor pressionava Shelley Duvall e Jack Nicholson o tempo todo. A atriz, com quem ele não parava de gritar, ficou traumatizada, como contou à Rolling Stone:
“O personagem de Jack Nicholson precisava estar louco e bravo o tempo inteiro. Minha personagem precisava chorar 12 horas por dia, o dia inteiro, por nove meses inteiros, cinco ou seis dias por semana. Fiquei lá por um ano e um mês, e devia ter algo com Primal Scream, porque o dia que acabou eu chorei por 12 horas seguidas…”
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