Rowling, criadora de Harry Potter, tinha assinado o suspense Cuckoo’s Calling sob o pseudônimo de Robert Galbraith
Redação Publicado em 15/07/2013, às 08h26 - Atualizado às 19h49
Foram apenas algumas poucas horas entre J.K. Rowling, que assinou a bem-sucedida série Harry Potter, ser desmascarada como a autora do suspense Cuckoo’s Calling e o livro disparar para o primeiro lugar de vendas. A obra, publicada em abril sob o pseudônimo Robert Galbraith, angariou diversos elogios da crítica, que ficou especialmente surpresa com a qualidade do texto de um autor de primeira viagem, um ex-militar, segundo a biografia falsa oferecida pela editora. Em compensação, o livro não tinha vendido quase nada, estava na posição 166.836 de vendas da Amazon britânica e norte-americana. Mesmo com todo o elogio da crítica, pouco mais de 1500 cópias tinham sido comercializadas. Isso dá menos de 1% das vendas da primeira semana de Morte Súbita, o primeiro livro que Rowling publicou – usando o próprio nome, neste caso – depois do fim de Harry Potter.
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Isso até o jornal Sunday Times receber uma dica anônima, investigar a história e descobrir que, na verdade, a autora do livro era a premiada Rowling. Em poucas horas, Cuckoo’s Calling era líder de vendas da empresa gigante do comércio online.
Quando a notícia saiu, Rowling divulgou um comunicado: "Eu tinha esperanças de manter o segredo por mais algum tempo, porque ser Robert Galbraith foi uma experiência muito libertadora. Foi maravilhoso publicar algo sem o hype ou expectativas e foi um prazer enorme receber feedback de editoras e leitores sob um nome diferente”. Rowling ainda agradeceu a equipe que trabalhou no livro e os críticos que o elogiaram mesmo sem saber a verdadeira identidade do autor.
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The Cuckoo's Calling conta a história de um veterano da guerra que se torna um detetive particular. Ele é chamado para investigar a morte de uma modelo. "Galbraith" pretende continuar com a série de livros e um novo título já está previsto para o meio do ano que vem.
Em entrevista por e-mail para a agência Reuters, Darren Hardy, gerente de livros da Amazon britânica, declarou: "É algo quase inédito um livro que não esteja nem sequer entre os 5.000 mais vendidos passar a número 1 tão rapidamente".
Curiosamente, vários editores passaram a oportunidade de publicar o livro – assim como aconteceu com o primeiro Harry Potter, em 1997.
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