O músico fundador do grupo morreu no último domingo, 20, após uma longa batalha contra o câncer
Redação Publicado em 22/05/2012, às 16h25 - Atualizado às 16h58
O livro Almanaque da Música Pop no Cinema, do apresentador e escritor Rodrigo Rodrigues, chegará às prateleiras no começo da semana que vem com diversas curiosidades sobre o tema. Dentre essas, o autor conta um pouco sobre a influência cultural dos Bee Gees, que perdeu um de seus fundadores no último domingo, 20. Robin Gibb morreu na Inglaterra após uma longa batalha contra o câncer.
Robin Gibb: relembre a voz do integrante dos Bee Gees.
Uma dessas curiosidades é que uma das faixas do grupo acabou batizando um dos maiores sucessos do cinema na década de 70. “Dá pra dizer que o auge da carreira dos irmãos Gibb está ligado às trilhas de cinema. O álbum com a soundtrack de Os Embalos de Sábado à Noite (Saturday Night Fever/1977) é um dos discos mais vendidos da história, com quase 40 milhões de cópias. O filme, que mostrava a febre disco nos Estados Unidos, pegou carona no estrondoso sucesso que grupo britânico fez nas pistas de dança. Barry Gibb ainda assinaria a música-título de Grease – Nos Tempos da Brilhantina no ano seguinte”, conta Rodrigues. Um trecho do livro explica: “Saturday Night [Noite de Sábado]. Esse era o nome do filme até que os Bee Gees incluíram na trilha uma música chamada 'Night Fever' [Embalo à noite]. Pronto, filme e música se misturaram de tal forma que ficou difícil separar o áudio do vídeo. Assim nascia o clássico Os Embalos de Sábado à Noite. O longa foi baseado num artigo de 1975 da New York Magazine, chamado “Tribal rites of the new Saturday night” [Ritos tribais do novo sábado à noite], que falava da febre da música disco que tomava conta dos jovens americanos.”
O livro ainda destaca como a música composta pelo grupo foi imensamente relevante para o sucesso das produções. “Como já deu pra perceber, a trilha dos irmãos Gibb foi tão importante para o filme quanto o próprio roteiro: das dezessete músicas do disco, oito são dos Bee Gees. Mas a missão era espinhosa, como lembra Robin Gibb: ‘A responsabilidade era grande, a gente vinha de dois discos de sucesso’”.
O livro continua: “Ao mesmo tempo, segundo Barry Gibb, era uma ‘oportunidade de reinvenção’ para o grupo. Barry conta ainda que Robert Stigwood (produtor do filme e da banda) ligou pedindo sugestões de músicas para um eventual roteiro de cinema. Horas depois, o telefone de Robert tocou - era Gibb retornando a ligação com duas sugestões: ‘Stayin’ Alive’ e ‘Night Fever’. O curioso é que a trilha foi composta bem longe da agitação de Nova York, onde o filme se passa, ou da badalação londrina. O estúdio de gravação, Chateau D’Hérouville, ficava na França.”
O sucesso nas trilhas de musicais da época continuou com Grease – Nos Tempos da Brilhantina, que tem a trilha sonora mais vendida de todos os tempos. “Liguei para Barry Gibb, dos Bee Gees, e disse a ele que precisava de uma canção chamada ‘Grease’. Ele, do outro lado da linha, respondeu: ‘Grease? Que palavra mais estranha!’”, conta Stigwood. “Mas, meia hora depois, ligou de volta perguntando: ‘o que você acha de Grease is the Word?’. Era para os créditos finais, mas ficou tão boa que usamos para a abertura”, relembra.
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