Banda executou ótima sequência de hits, como esperado, mas o som do palco perdeu a potência depois da apresentação do Queens of the Stone Age
Pedro Antunes Publicado em 30/03/2013, às 23h00 - Atualizado em 02/04/2013, às 18h39
Difícil competir com o Queens of the Stone Age. Não que o Black Keys tivesse menos credencial para ser headliner de um festival grande como o Lollapalooza Brasil. Afinal, eles mesmos foram atração principal na edição de Chicago. Isso sem contar as sete estatuetas do Grammy na estante do duo de Ohio.
Ainda assim, o que deu errado com o Black Keys? Eles estavam no lugar errado. Mesmo que tenham fãs no Brasil, como foi visto no fim do show, com os maiores hits da banda por aqui, como “Tighten Up”, do álbum Brothers (2010), e “Lonely Boy”, de El Camino (2011), o grupo não tem a cancha para o posto que ocuparam no festival por aqui.
O público deste sábado, 30, foi mais numeroso do que na sexta: foram 55 mil, contra os 52 mil do dia anterior. Mas, depois da pancadaria sonora do Queens of The Stone Age, o Black Keys soou frouxo frente a essa plateia, com menos pegada e potência. A culpa não é de Dan Auerbach (guitarra e voz) ou de Patrick Carney (bateria), que ainda trouxeram a banda de apoio completa, com baixo, teclado e outra guitarra. Mas o blues rock de garagem da dupla tem mais fama do que popularidade por aqui – infelizmente.
O resultado foi uma resposta morna do público em alguns pontos do palco Cidade Jardim. No centro, próximo ao gargarejo e na lateral direita, a plateia vibrava, mas na lateral esquerda, talvez por causa da lama em excesso, o som era baixo e sem força suficiente para animar os mais curiosos.
A banda fez exatamente aquilo que se podia esperar deles. Não alteram o setlist que dá tão certo lá fora, executando canções dos discos Thickfreakness, Rubber Factory, Magic Potion, Attack & Release, além dos já citados Brothers e El Camino. Apenas The Big Come Up, disco de estreia, ficou fora do show.
Vieram canções com construções interessantes, entre elas “Thickfreakness”, “She’s Long Gone”, “Your Touch” e “Little Black Submarine”. Mas, no fim, a reação foi menos calorosa do que se poderia esperar pela fama deles.
Dan seguiu como aquele frontman pouco falante – o que é normal nas outras apresentações. Ele, ainda simpático, agradeceu à plateia com um “obrigado”, em português. “Obrigado por ficarem aqui. Nós somos o Black Keys”.
Depois de um miolo do show mais introspectivo e viajante, com belos solos vindos das igualmente belas guitarras de Dan, a banda chegou a “Tighten Up”, música que levou a dupla barbuda e cabeluda (na época) ao sucesso. Catarse total – e, aí sim, percebe-se como o público poderia estar mais vibrante com o resto das canções.
“Lonely Boy” completou a sequência de maior sucesso da noite. Depois daquilo, algumas pessoas nas laterais começaram a se dirigir para a saída. O som cresceu e eles encerraram com “I Got Mine”, do poderoso Attack & Release. O Black Keys fez o show esperado, o que surpreendeu muita gente, inclusive. Talvez em um palco menor, ou em um dia com line-up menos atrativo (como o de sexta), a banda tivesse se sobressaído.
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