O guitarrista volta ao Brasil e sobe ao palco do festival neste sábado, 30
Stella Rodrigues Publicado em 28/03/2013, às 12h44 - Atualizado às 17h30
Austin, no Texas, é uma cidade norte-americana com uma prole musical de dar orgulho, mas um deles têm ganho cada vez mais um destaque merecido. Gary Clark Jr. é um guitarrista autodidata, começou a brincar com o instrumento aos 12 anos e hoje, aos 29, carrega o pesado apelido/fardo de “Salvador do Blues” – além de ter um dia anual especialmente dedicado a ele em sua cidade natal desde os 17 anos. “Foi uma honra inesperada, foi muito especial. Austin mostra muito o amor que tem pelos seus músicos. Toda noite eu saia para ouvir e aprender, absorvi todo tipo de coisa diferente pela cidade. Os artistas lá são muito abertos a dividir seu palco, sua música.”
Não bastasse toda essa pressão, o artista, que lançou no ano passado o plural Blak and Blue, seu primeiro disco por uma grande gravadora, ainda precisa lidar com constantes comparações a Jimi Hendrix: “É bom que lembrem de você com tanto prestígio, mas tento não assumir essa pressão”, conta ele, que rejeita a ideia de que o blues precise sequer ser salvo. “Ele não é mais tão mainstream o rock ocupa esse lugar agora e o pop meio que dominou o mundo. Mas o blues sempre será relevante, é a base de muitos gêneros.”
Depois de passar pelo Brasil abrindo shows de Eric Clapton em 2011, Clark retorna para um show no Lollapalooza, dia 30. “Minha primeira experiência no Lollapalooza foi em Chicago, no ano passado. Para qualquer artista que tem aspirações de tocar em um festival o Lollapalooza está no topo da lista de objetivos”, diz.
Sobre a oportunidade de abrir para Clapton, ele conta que aprendeu muito. “Ele tem muita experiência, foi muito bom observar como ele e a equipe trabalham, é um nível muito profissional. E foi inspirador ver como ele é legal e humilde, mesmo sendo um dos maiores músicos do mundo”, elogia. “Eu lembro que estava muito escuro, então eu escutava muita gente, mas não conseguia ver ninguém. Eu nunca tinha tido uma experiência de arena à noite. Foi bem diferente para mim tocar sabendo que tinham 40 mil pessoas ali, mas sem conseguir ver nada”, relembra.
O Guitar Hero fracassa no Guitar Hero
“Eu tentei uma vez e eu era horrível!”, ri. Gary relembrou sua tentativa de jogar o game musical das guitarras com uma frustração palpável de quem concluiu logo que as habilidades exigidas pelo instrumento e o controle são diferentes. “Sou muito ruim, foi uma vergonha. Alguém tem uma gravação embaraçosa disso guardada, espero que continue guardada.”
De atração a organizador
Gary aproveitou tudo que aprendeu tocando em festivais e colaborou na realização da primeira elogiada edição do festival Maverick que aconteceu no último dia 23 em San Antonio, no Texas. “Toquei em muitos festivais ano passado, isso ajuda a perceber do que as pessoas gostam e desgostam.” O evento conseguiu reunir mostrar ao público nomes novos escalando músicos locais durante o dia, de graça, e artistas maiores, como ele próprio, à noite. Ele brinca que a mais importante lição aprendida como músico para repassar aos artistas que escalou foi “mantenha-se hidratado”. Mas complementou: “Toquem músicas cheias de energia, as pessoas não vão a festivais para ficarem entediadas.”
Gary Clark Jr. no Lollapalooza
Dia 30, sábado, às 15h30
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