Redação Publicado em 05/04/2014, às 16h07 - Atualizado às 16h33
A relação do Portugal. The Man com o Lollapalooza é bastante particular. Depois de ter sido assaltada logo após uma edição do festival em Chicago, em 2011, a banda agora está em meio a uma maratona que envolve se apresentar nas três edições do evento na América Latina e, em agosto, subir ao palco da “nave-mãe”, se apresentando novamente no Lolla Chicago. A turnê de Lollas, inclusive, está sendo devidamente registrada pela banda para se tornar uma espécie de “diário de viagem” para a Rolling Stone EUA. Conversamos com o baixista Zachary Carothers logo antes da primeira prova dessa maratona, no Chile, dias depois de a bagagem de todos eles ter ser extraviada e o quarto e hotel do grupo ter sido furtado – e o músico comprovou que o frescor e o ímpeto de conhecer o mundo que transparecem nas letras do grupo também estão na atitude deles em relação a passear, viajar e experimentar. Nem mesmo todas essas adversidades atrapalharam os detalhados planos de diversão que a banda fez para a América do Sul.
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Como uma banda que escreve tanto sobre conhecer coisas novas, imagino que estejam bastante empolgados com essa primeira vinda para a América do Sul.
É sempre empolgante quando vamos a um lugar novo e nunca tínhamos estado em nenhum outro lugar da América do Sul. Acabamos de chegar da turnê na Alemanha. Tínhamos uma semana de folga e, em vez de ir para casa, resolvemos simplesmente vir para a América do Sul passear.
Temos um começo de ano cheio, com muitos planos, mas vir para cá era a que mais nos empolgava.
Como anda o diário de viagem de vocês para a Rolling Stone EUA?
Tem sido mais difícil do que imaginava. Tive um surto de má sorte. Meu computador foi furtado no hotel perto do aeroporto onde estávamos na Alemanha. O meu e o do vocalista [John Baldwin Gourley]. E tinha todos os meus programas de editar fotos. O flash da minha câmera também foi levado. E vindo para cá, a companhia aérea perdeu minha bagagem e até agora, quatro dias depois, ainda não encontraram. Eu tenho uma camiseta, um par de meias, um par de calças e uma cueca. Mas neste momento, eu só ligo para a experiência. Eu já perdi tudo antes, então ligo. A única coisa é que sair para comprar roupas vai roubar uma parte do tempo que seria dedicado à diversão [risos].
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Uma vez, depois do Lollapalooza Chicago, roubaram a van de vocês, não foi?
Estamos sempre em turnê e essas coisas sempre acontecem com quem viaja muito. Essa vez em Chicago foi terrível, perdemos tudo! Íamos gravar depois disso, então estávamos com absolutamente todos os nossos equipamentos, coisas que eram especiais para a gente. Com a ajuda da polícia, as autoridades de Chicago e das redes sociais, conseguimos recuperar quase tudo, o que foi incrível. Ainda tem algumas coisas por aí. Até hoje, eu entro na internet todos os dias e procuro por elas – tenho certeza que vou encontrar algum dia. Tinha um baixo que minha mãe me deu, era muito raro, e eu vou encontrá-lo.
Vocês terão competição brava nos outros palcos quando subirem ao palco: Imagine Dragons e o finalzinho do Julian Casablancas. O que diria para as pessoas darem preferência ao show de vocês?
Uau, que difícil! Não sou bom em me vender. Eu amo minha banda. Acho que somos a melhor banda do mundo. Mas provavelmente estou sendo um pouco parcial [risos]. O que posso dizer é nossa festa é a mais intensa de todas!
Lollapalooza 2014: sol e Silva fazem bela apresentação, mas som ruim atrapalha.
Vocês já estão trabalhando em um disco novo. Essa veia política que aparece nas letras continua presente?
O lance é que não somos mensageiros de nada. Temos nossas crenças, mas não doutrinamos, queremos que cada um acredite no que quiser. Bandas como o Rage Against the Machine são ótimas nisso. Dizemos o que sentimos, mas não pesamos nisso, não gostamos de dizer para as pessoas o que pensar.
Norte-americanos moram em uma bolha e não pensam muito no resto do mundo e a gente gostaria que isso mudasse.
Essa forma de pensar tem a ver com ter crescido no Alasca?
Sim, porque é muito isolado. Não tivemos muita influência externa de ninguém crescendo lá. Por isso nos sentimos tão sortudos de fazer isso, nunca achei que fosse viajar tanto assim. Não somos daquelas bandas que ficam enfurnadas do hotel, chegamos mais cedo, passeamos e vemos coisas, conhecemos pessoas.
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