Ex-Oasis fez comentários rudes sobre a postura das novas bandas inglesas, citando o Bastille nominalmente
Lucas Brêda Publicado em 29/03/2015, às 13h59 - Atualizado às 15h04
“Eu comeria o Bastille vivo em uma tarde nos anos 1990. Uma entrevista e pronto. Estariam acabados – nunca mais se ouviria falar deles”, disse o ex-Oasis Noel Gallagher, em entrevista a BBC, criticando a falta de reflexo dos novos artistas nas camadas populares da Inglaterra. O alvo dos ataques, o Bastille, entretanto, se mostra mais tranquilo em relação ao assunto: “Fico impressionado só por ele saber quem nós somos.”
O comentário foi feito pelo vocalista do grupo, Dan Smith, em entrevista à Rolling Stone Brasil nos camarins do Lollapalooza– festival em que a banda dele tocou na noite do último sábado, 28. “Noel Gallagher é um cara que fala muito, ele está promovendo um novo álbum, então tem aspas em todas as publicações.”
“As pessoas sempre dizem isso”, acrescentou, em seguida, o tecladista Kyle Simmons. “Eles falam isso sobre os anos 1980, 1970, 1960. Os tempos mudam, as pessoas mudam. A atmosfera atualmente é diferente. É difícil ser como as pessoas eram nos anos 1990. Existem as redes sociais. O público espera outro tipo de coisa. E talvez algumas pessoas não queiram ser daquele jeito.”
Smith também cita o Arctic Monkeys – outro alvo de Gallagher, na mesma entrevista. “Eles são muito bons no que fazem. E ele [Alex Turner] tem essa coisa de ‘rockstar’ – ele é brilhante nisso”.
"Algumas pessoas só querem fazer a música delas e não sentem a necessidade de mudar o jeito como elas são para se encaixar nisso”, diz Simmons. “Prefiro ser eu do que tentar ser algo que não sou.”
Show no Lollapalooza Brasil
O Bastille tocou no mesmo horário do concorrido show de Jack White, na noite do último sábado, 28. A banda, entretanto, contrariou as expectativas e não só encheu a plateia do Palco Axe, como a fez dançar de forma incessante e emocionada, se destacando como uma das performances mais marcantes do dia.
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Não houve muito espaço para descanso. Quando isso aconteceu, o líder e vocalista Dan Smith pediu desculpas – era para tocar as tranquilas “Oblivion” e “The Draw". Em geral, canções animadas da linhagem de “Things We Lost in the Fire” dominaram a apresentação no festival de teclados do Bastille.
O Brasil e São Paulo devem realmente ficar na memória do grupo por um bom tempo. O concerto na capital paulista, o primeiro por aqui, deve ser o último da turnê do primeiro disco deles, Bad Blood, conforme o vocalista anunciou ao microfone.
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Ele ainda “foi para a galera” em “Laura Palmer”, música inspirada na série Twin Peaks, e cantou “Of The Night”, versão da imortal “The Rhythm Of The Night” que usa trechos de "Rythm Is a Dancer", outro hit da mesma época, a década de 1990.
Por fim, casais e amigos se beijaram, se abraçaram e dançaram de mãos dadas sob o som do megahit “Pompeii”, diante da explosão de belos fogos de artificio que marcaram o encerramento da primeira metade do Lollapalooza 2015.
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