O duo britânico de rock Royal Blood - Divulgação

Lollapalooza 2018: “O futuro do rock está acontecendo agora”, diz vocalista do Royal Blood

O duo formado por Mike Kerr e Ben Tatcher se apresenta quarta, 21, no RJ, e na próxima quinta, 22, e sexta, 23, em SP

Igor Brunaldi Publicado em 20/03/2018, às 14h10 - Atualizado às 17h49

O duo de rock Royal Blood, formado pelo baixista e vocalista Mike Kerr, e pelo baterista Ben Tatcher, ganhou destaque no cenário musical após o lançamento, em 2014, do álbum de estreia que leva o nome da banda. A sonoridade barulhenta e agitada faz com que seja difícil acreditar que apenas dois membros compõem o grupo, mas as apresentações ao vivo esclarecem qualquer dúvida: a energia que Mike e Ben exibem no palco é (assim como o som que fazem) diretamente proporcional àquela de bandas com um elenco maior.

O segundo trabalho deles, How Did We Get So Dark?, lançado em 2017, seguiu a mesma linha do disco anterior, mas com uma produção um pouco mais ousada, contando com o acréscimo de backing vocals e sintetizadores. Quando questionado sobre as dificuldades de manter um padrão alto nas composições, o vocalista Mike Kerr contou à Rolling Stone Brasil que “compor uma música boa é sempre difícil, e qualquer coisa difícil vale a pena tentar”. “As coisas que são fáceis de fazer costumam ser entediantes ou idiotas”, acrescenta.

Falando sobre o futuro do rock, e a ideia de que o gênero está morto, Mike deixa clara sua opinião de que é preciso parar de tentar remediar essa situação. “O futuro do rock está acontecendo agora. Ele precisa evoluir, e isso não vai acontecer se a gente ficar o tempo todo olhando pro passado”, ele diz. Quando levantada a questão da influência da internet na indústria fonográfica, o músico não exista em responder que a ferramenta “abriu portas para que fossem criadas e divulgadas mais música que nunca. Como um fã dessa arte, não consigo olhar pra tudo isso e não ver algo positivo. Descobri muita banda boa que adoro, e que se não fosse pela internet, eu nunca teria nem ouvido falar. Mas isso não significa que eu goste de tudo que está lá.”

O duo já se apresentou no Rock in Rio, em 2015, e volta para o Brasil esse ano para três shows: na próxima quarta, 21, abrindo para o Pearl Jam no Rio de Janeiro; na quinta, 22, em São Paulo, uma das Lolla Parties e na sexta, 23, no festival Lollapalooza, também na capital paulista. Sobre a diferença entre tocar para um público enorme, e fazer um show mais intimista, o vocalista conta que “a melhor parte de tocar para um público menor é conseguir se sentir parte do público. Dá pra ler a reação deles.”

Royal Blood

21 de março de 2018 (quarta-feira)

Abertura para Pearl Jam

Estádio do Maracanã | Av. Pres. Castelo Branco, Portão 3 - Maracanã, Rio de Janeiro - RJ

Ingressos: entre R$ 110 (meia) e R$ 700 (pista premium Elo)

22 de março de 2018 (quinta-feira)

Lolla Party

Cine Joia | Praça Carlos Gomes, 82 - Sé, São Paulo - SP

Ingressos: entre R$ 130 (meia) e R$ 260 (inteira)

23 de março de 2018 (sexta-feira)

Lollapalooza

Autódromo de Interlagos | Av. Sen. Teotônio Vilela, 261 - Interlagos, São Paulo - SP

Ingressos: entre R$ 400 (meia) e R$ 800 (inteira) para o Lolla Day, e entre R$ 1.000 (meia) e R$ 2.000 (inteira) para o Lolla Pass

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