Aos berros e beatbox, o trio também falou sobre a importância da segurança das mulheres no ambiente punk
Igor Brunaldi Publicado em 05/04/2019, às 15h00
Com influências de Linkin Park, Rage Against the Machine e toda a pegada industrial do Nine Inch Nails, o Fever 333 veio para dar porrada.
Entre berros do vocalista, linhas fortes de baixo, beats e samples de discursos políticos, a banda reuniu a parcela do público do Lolla que estava afim de ouvir um som pesado e levantar a poeira da terra e da grama seca a frente do palco Adidas.
“Essa aqui é para as pessoas do Brasil”, disse o vocalista. “Nós viemos de um país em que é necessário falar sobre o passado para que as coisas sejam melhores hoje”.
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A galera então respondeu com gritos de “Ei Bolsonaro, vai tomar no cu!”. E ele pediu para gritarem mais alto, apesar de logo depois admitir que não sabia o que significava, mas concordava com tudo.
“Todas as mulheres dessa plateia devem se sentir seguras nesse ambiente, pelo rock e pelo punk”.
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Com um dos bateristas mais animados e agitados que deve subir ao palco nessa edição do Lolla, o Fever 333 foi cativando o público e aumentando a plateia a cada nova música. Aqueles que passavam só para dar uma olhada, com certeza acabaram ficando para conferir o show. O palco ficou pequeno para o trio.
Um rasgo do calcanhar até a virilha no macacão preto do vocalista não o impediu de pular e cachoalhar a cabeça, do início ao fim da apresentação, e de até dedicar uma das músicas ao DJ Steve Aoki, que também se apresenta no festival.
O macacão não existia mais, e ao final do show, o guitarrista tocou de cima da estrutura do palco. Como ele chegou lá, ninguém sabe.
Na setlist, a banda apresentou faixas como “Made an American”, “Burn It”, “Hunting Season” e até um beatbox do vocalista acompanhado de um solo de bateria.
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