Ao longo dos anos, artistas e produções autênticas foram deixadas de lado pela Academia. Com mais uma edição a caminho, reunimos alguns desses momentos, veja abaixo:
Redação Publicado em 26/01/2020, às 12h00
A 62º edição do Grammy Awards acontece neste domingo, 26, em Los Angeles. Considerada a maior premiação da indústria musical, neste ano, a Academia aumentou o destaque a artistas jovens nas principais categorias.
Lizzo, um dos nomes mais prolíferos da música atualmente, lidera a premiação com oito indicações, que incluem Álbum do Ano com o debute Cuz I Love You e Artista Revelaçã; Billie Eilish e Lil Nas X - ambos grandes fenômenos e líderes do topo das paradas norte-americanas - tem seis nomeações.
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A cada nova temporada, grandes artistas como esses listados acima disputam entre si as cobiçadas estatuetas. No entanto, nem sempre essas autênticas produções recebem o reconhecimento que merecem.
Na última segunda, 21, por exemplo, Deborah Dugan, que deixou o cargo da presidência do Grammy sob acusação de má conduta, fez uma série de acusações contra a Academia.
Segundo a Variety, entre as denúncias, Deborah cita um comitê secreto e alegou que Ed Sheeran e Ariana Grande ficaram de fora da categoria de Música do Ano, em 2019, após o favorecimento de outro artista por parte do conselho.
De acordo com a publicação, os integrantes do conselho usam o comitê como uma oportunidade para promover artistas com quem eles têm algum tipo de relação ou proximidade. Assim, manipulam o processo de indicação para garantir que determinadas músicas ou discos sejam indicadas.
Pensando nisso, reunimos as maiores injustiças já cometidas pelo Grammy:
Em 2015, a disputa pela estatueta de Melhor Álbum estava entre Beyoncé com o disco homônimo, Sam Smith com In The Lonely Hour, Ed Sheeran com x, Pharrell Williams com G IR L e Beck com Morning Phase.
Os mais queridos daquele ano eram o aclamado quinto disco de estúdio de Bey e o de Sam Smith. No entanto, quem levou o prêmio foi Beck. A situação gerou polêmica nas redes sociais e Kanye West chegou a subir no palco e fingir que ia interromper Beck (assim como no VMA com Taylor Swift), mas acabou desistindo. Ainda assim, o rapper afirmou que o cantor deveria respeitar a arte e ceder o prêmio para Bey.
Em 2014, a polêmica foi na categoria de Artista Revelação. Os rapperes Macklemore & Ryan Lewis desbancaram os aclamados candidatos Ed Sheeran e Kendrick Lamar. Anos depois, é perceptível quem merecia o prêmio.
Em 2018, Lamar ganhou a estatueta da Melhor Álbum de Rap, e ainda levou o prêmio Pulitzer também pelo disco DAMN. Em 2019, Sheeran fechou o ano com o posto da turnê mais lucrativa com a Divide Tour.
Mais uma vez, a polêmica foi na categoria de Artista Revelação. Fun, Frank Ocean, Alabama Shakes, Hunter Hayes e The Lumineers. O grupo musical de rock alternativo, Fun, acabou ganhando a disputa.
Em 2012, nas categorias de Artista Revelação e Melhor Álbum Alternativo quem levou os prêmios foi o indie rock de Bon Iver com o disco homônimo. A rapper Nicki Minaj estava concorrendo na mesma categoria - revelação -, mas não ganhou. Naquele ano, a cantora bombou com o hit "Starships". Na mesma disputa estavam J. Cole, Skrillex e The Band Perry.
Considerada uma das edições mais polêmicas, a premiação de 2011 teve como Artista Revelação Esperanza Spalding, que desbancou Drake, Justin Bieber e Florence + the Machine. Alguns anos depois, todos os citados conquistaram carreiras astronômicas - diferentemente da ganhadora.
Em 2008, a controvérsia da edição foi para a categoria Álbum do Ano. Concorriam o seminal Back to Black, de Amy Winehouse e Graduation de Kanye West - os preferidos pelo público e crítica -, no entanto, o grande prêmio da noite foi para Herbie Hancock com River: The Joni Letters.
Nesta edição, os favoritos para o prêmio de Álbum de Ano eram The Marshall Mathers LP, do Eminem e Kid A do Radiohead. Concorriam para a mesma categoria Midnite Vultures do Beck e You're the One de Paul Simon. Mas o vencedor acabou sendo Steely Dan com Two Against Nature.
Purple Rain, do Camaleão do Rock, é um dos discos mais icônicos de todos os tempos, mas não ganhou na categoria de Álbum do Ano em 1985. Na época, a disputa estava acirrada com Born in the U.S.A. de Bruce Springsteen, mas os dois discos foram deixados de lado pela Academia. Lionel Richie, com Can't Slow Down, bateu as duas obras e She's So Unusual, de Cyndi Lauper, e Private Dancer da Tina Turner.
Neste Grammy concorria o lendário disco The Wall, do Pink Floyd e Trilogy: Past Present Future, de Frank Sinatra. Ao lado das icônicas obras estavam Glass Houses, de Billy Joel e Guilty de Barbra Streisand disputando a categoria de Melhor Álbum. No entanto, quem levou a estatueta da premiação foi Christopher Cross com o álbum homônimo.
Pode parecer algo surpreendente, mas os Beatles também foram deixados de lado no Grammy. Na edição de 1967, o disco Revolver, um dos mais icônicos da carreira do Fab Four, concorria ao prêmio de Melhor Álbum, mas acabou perdendo para a o gigantesco trabalho de Frank Sinatra com Man and His Music. Na mesma categoria concorriam Color Me Barbra, de Barbra Streisand, Dr. Zhivago Soundtrack de Maurice Jarre e What Now My Love de Herb Alpert and the Tijuana Brass.
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