A quarta temporada da série estreou nesta sexta-feira, 5
Redação Publicado em 05/06/2020, às 10h34
[Atenção: o texto contém spoilers de 13 Reasons Why]
Apesar de todas as polêmicas ao redor de 13 Reasons Why, a Netflix não desistiu da produção e continuou as lançar novas temporadas. Nesta sexta-feira, 5, a plataforma de streaming liberou a quarta e última parte da narrativa dos alunos da Liberty High School.
Desde a primeira temporada, a série chamou a atenção dos espectadores pelas cenas explícitas do suicídio de Hannah Baker, que provocou intensos debates sobre a abordagem correta do tema nas produções audiovisuais.
E as outras partes da produção também retrataram assuntos polêmicos como estupro, drogas e assassinato. O Observatório do Cinema, do Uol, relembrou as maiores controvérsias da série e nós listamos os principais temas que foram criticados pela abordagem explícita. Confira:
Como dito anteriormente, o suicídio de Hannah Baker não chocou apenas os alunos da Liberty High School, mas os espectadores da plataforma de streaming ao redor do mundo. A série mostrou detalhadamente como a personagem tirou a própria vida e mãe descobriu o corpo dela.
Depois de muitos debates com especialista, a Netflix retirou a cena da primeira temporada, dois anos depois da estreia da série, segundo o Observatório do Cinema.
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Ainda na primeira temporada, a série mostra cenas de estupro cometidas pelo personagem Bryce. Apesar de Hannah colocar o abuso como um dos motivos para ter tirado a própria vida, a abordagem ganhou críticas pela perspectiva voltada para o autor do crime.
Por exemplo, a narrativa de Jessica, outra vítima, é pouco explorada no primeiro momento ao mesmo tempo que o caso de Chloe também é tratado de forma superficial na segunda temporada.
Já na terceira temporada, a personagem Ani ganha destaque e, sem nenhum propósito claro na narrativa, defende Bryce por meio de discursos e ações ao ponto de garantir a prisão de outra pessoa pelos crimes cometidos pelo ex-parceiro.
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De acordo com o Observatório do Cinema, outra grande crítica relacionada à perspectiva negativa do ensino médio envolve o uso de drogas. Ao invés da série retratar casos comuns de uso de substância ilícitas, ela explora a narrativa de Justin com drogas extremamente pesadas e viciantes.
Hannah mencionou diversos casos de bullying nas fitas cassetes deixadas com os colegas antes do suicídio. Em uma tentativa de retratar a realidade dos colégios norte-americanos, a Netflix mostrou a incapacidade do diretor em lidar com os abusos e assédios que aconteciam pelos corredores.
Contudo, o surgimento de um movimento estudantil apenas na terceira temporada levantou questionamentos sobre os objetivos da série em resolver os problemas apresentados.
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Tyler é uma das vítimas de bullying dos jogadores de futebol americano, principalmente Monty, que agride e abusa sexualmente do personagem com um cabo de vassoura. Revoltado, o estudante decide ir até a escola armado para atirar contra os colegas.
De forma ineficiente e até mesmo romantizada, Clay impede o massacre e protege Tyler. E, ao longa de terceira temporada, o assunto continua sendo encoberto pelos colegas de Tyler, que preferem não relatar o caso e “resolver” o problema vigiando o amigo.
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Mesmo com a confissão de Bryce sobre os estupros de Hannah e Jessica, o estudante recebeu apenas três meses de liberdade condicional. Segundo o Observatório do Cinema, a série mostra mais detalhes sobre o futuro de Bryce, que poderia ser afetado com uma condenação, do que o impacto da sentença na vida das vítimas, as quais foram pressionadas para se expor e tiveram que continuar convivendo com o agressor.
Sem se aprofundar nos dilemas da homosexualidade, a Netflix decidiu introduzir o tema por meio do personagem Monty, que abusou de Tyler. O jogador de futebol americano é preso pelos crimes de Bryce e morto na prisão.
De forma superficial, a série retratou a dificuldade do personagem em assumir a própria sexualidade e não deu continuidade a essa linha de ação, encerrando-a bruscamente com mais um assassinato.
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*Lembrando que, no Brasil, há o Centro de Valorização da Vida (CVV) para ajudar pessoas com pensamentos suicidas. Ligue para o telefone 188 ou entre no site https://www.cvv.org.br/.
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