O ator e comediante também disse que, atualmente, não entraria para a política por medo “medo de ser assassinado”
Redação Publicado em 18/08/2020, às 07h44
Marcelo Adnet acredita que é inevitável ser “de esquerda” quando se mora no Brasil, segundo informações do Uol. O ator e comediante participou da última edição do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 17, e abriu o jogo sobre os posicionamentos políticos dele.
"É óbvio, você tem que ser de esquerda no Brasil. Como morar no Brasil e não ser de esquerda? Temos diferenças muito abissais. As políticas progressistas no Brasil são a única forma que faz sentido para diminuir as diferenças abissais, em vez de largar a mão", disse o artista, segundo o Uol.
Adnet deixou claro que se identifica com as ideologias esquerdistas e progressistas, mas que não se vê como comunista, termo que, para ele, ganhou novos significados e se distanciou do concepção original da União Soviética.
"Me considero de esquerda, sem dúvida. Me considero progressista, mas não comunista. A palavra comunista ganhou um novo significado, mas o comunismo que eu conheço, da União Soviética, não. Não sou comunista, nem nunca fui. Mas de esquerda, sim."
O ator e comediante também analisou como as linguagens utilizadas pela esquerda e o governo atual afetam o envolvimento da população com uma ideologia. Enquanto a esquerda se mantém no “discurso acadêmico” e “chato”, o governo Bolsonaro apela para os memes, frases curtas, as quais chegam com facilidade nas pessoas.
"O lado governista atualmente tem uma forma de comunicação muito breve, é em meme, uma frase, um chora mais. Enquanto a esquerda é muito mais psicologizada, falando de uma maneira foucaultiana, o fascismo moderno... E todo esse discurso acadêmico da esquerda, que eu tenho também, acaba afastando a população, porque não comunica, ele é chato."
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Ele continuou: "A mensagem que você passa é: esse cara não fala minha língua, ele fala complicado, ele é muito riquinho, 'mimimi', 'blablabla'. O cara que reduz grandes discussões a "homem é homem, mulher é mulher", isso é fácil, acabou".
Adnet ainda falou sobre os antigos planos de se envolver na política. Ele explica que a vontade de mudar a situação do país permanece, mas os riscos de vida são muito grandes para serem assumidos.
"Às vezes, quando vemos uma pessoa em situação de vulnerabilidade, você pensa que como político possa mudar tudo isso. É muito nobre. Mas hoje não sei se estaria nesse ramo, porque tenho medo de morrer. Eu tenho medo de ser assassinado. E a política é muito barra pesada."
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