O ator, fã de musicais como A Família Addams, Kinky Boots e O Fantasma da Ópera, atuou em Os Produtores, ao lado de Miguel Falabella, e pretende trabalhar em mais peças; antes disso, retorna às telonas em setembro, atuando ao lado de Luana Piovani
Fernanda Talarico Publicado em 02/08/2018, às 15h40 - Atualizado às 17h44
Marco Luque é conhecido de longa data do público e, depois de tantos anos de carreira, fica cada vez mais difícil da classificá-lo. Nascido em São Paulo e formado em Artes Plásticas, trabalhou em diversas funções até escolher a atuação. Foi no projeto Terça Insana que criou o personagem Jackson Five, o motoboy que há anos ganhou o próprio quadro na rádio Mix FM, na qual apresenta de maneira irreverente histórias do cotidiano nas grandes metrópoles. Em 2010, as aventuras do motoqueiro foram premiadas pela Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, como Melhor Programa de Humor de Rádio. Na mesma época, Luque entrou para a bancada do programa humorístico CQC, que o ajudou a criar raízes na televisão. Desde então, ele não saiu mais do meio. Atualmente, Luque tem participação fixa no programa Altas Horas e no humorístico Escolinha do Professor Raimundo.
Em 2018, uma nova experiência surgiu na vida do ator, que estrelou o musical Os Produtores, ao lado de Miguel Falabella e Danielle Winits. No clássico da Broadway, que ficou em cartaz até 27 de julho, Marco Luque interpretou Leo, um contador que ajuda um produtor teatral a ganhar dinheiro com um fracasso de bilheteria. “Minha preparação começou em novembro do ano passado, quando comecei a fazer aulas de canto. Além disso, intensifiquei a quantidade de exercícios físicos, comecei a ter uma alimentação mais regrada e a dormir mais”, conta o ator à Rolling Stone Brasil. “Tudo isso soma e ajuda na maratona que é fazer um musical. São muitas horas semanais, é preciso ter uma preparação adequada para aguentar o ritmo.”
O humorista entrou em Os Produtores a convite do Miguel Falabella, que além de atuar, também produzia e dirigia a peça. “Uma vez, quando ele estava no Altas Horas, viu meu quadro e, depois, conversou comigo. Fiquei feliz com o convite e hoje só tenho a agradecer pela oportunidade.” Dividir o palco com Falabella, segundo Luque, foi um grande aprendizado. “Temos um a troca, uma entrega. Eu, ele e Dani [Winits] somos parceiros e nos tornamos grandes amigos, cúmplices da arte.”
Fã de musicais como A Família Addams, Kinky Boots e o recém-chegado (novamente) a São Paulo O Fantasma da Ópera, Luque diz que quer continuar a experiência, pois ficou “apaixonado". "Pretendo levar [essa paixão] para outros projetos com certeza”, diz ele, que se diz motivado pelo desafio.
No cinema, em junho, Luque fez uma participação como Otávio em Talvez Uma História de Amor, do Rodrigo Bernardo. Em setembro, estreia o filme O Homem Perfeito, do Marcus Baldini. “Foi um enorme prazer fazer parte desse time e contracenar com grandes profissionais como a Juliana Paiva e a Luana Piovani, além do diretor, Marcus”, detalha sobre o trabalho. “No longa, farei parte de um triângulo amoroso, trazendo um novo lado meu enquanto ator. O meu personagem é o Rodrigo, um estudante de artes que não se importa com convenções e não trabalha. Ele será disputado pelas personagens da Juliana e da Luana. Acho que mais que isso não posso dizer, vão ter que assistir [risos]”, brinca.
Paralelamente a tudo isso, Jackson Five, o motoboy, saiu das rádios e ganhou outras plataformas. Hoje, ele tem até mesmo um livro, Jackson Five – Organismo Pulsante, escrito pelo Marco Luque. Este movimento de dar mais vida e forma ao personagem veio da recepção calorosa do público. “A percepção é muito bacana, cheia de carinho”, responde o “pai coruja” sobre a sua “cria”. Mas novos conteúdos surgem sempre, seja no canal no YouTube, para esquetes do Altas Horas ou para o quadro da rádio. “A criação de novo conteúdo para ele, assim como para os meus outros personagens, vem muito da observação que faço e da ajuda de meu roteirista, o Guilherme Rocha, um cara fantástico.”
Em meio à maré de milhões de coisas que Marco Luque surfa no momento, ele tem tido o cuidado de trabalhar com o humor mantendo-se longe das polêmicas que atravessaram a vida de boa parte de seus ex-colegas de CQC, por exemplo, e de outros comediantes que surgiram na mesma época que ele. Segundo o artista, ele já teve medo de ser interpretado de mal interpretado em alguns momentos, faz parte do trabalho. “É sempre necessário uma tomada de reflexão antes de fazer as piadas e sempre ter respeito, acima de tudo. No humor, não pode ter espaço para ofensa, preconceito, ódio. Nosso papel é alegrar vidas.”
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