Marília Mendonça: pilotos foram responsáveis por acidente, conclui polícia; família contesta

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou hoje a conclusão do inquérito que investigava a queda do avião no qual estava Marília Mendonça e mais quatro passageiros, em novembro de 2021. Segundo explicou o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, foi concluído que houve negligência da tripulação.

Segundo o inquérito, o acidente poderia ter siso evitado por Geraldo Medeiros e Tarcíso Viana, piloto e copiloto, respectivamente. O delegado disse ainda que torres, como a que o avião colidiu, não precisam de sinalização e cabe ao piloto uma análise prévia de possíveis obstáculos. "Era um dever de quem comandava a aeronave ter feito essa análise prévia," disse o delegado em coletiva de imprensa.

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Ressaltando que o resultado era anunciado com respeito às vítimas e às suas famílias, o delegado declarou: "O resultado dessa investigação é com o mais absoluto respeito a todos os familiares das vítimas. A gente sabe que foi um acidente, mas é uma missão da Polícia Civil a investigação de crimes." 

Sales acrescentou ainda que foi sugerido o arquivamento do inquérito, uma vez que o piloto e o copiloto não podem responder pelos três homicídios culposos que cometera, em face de suas mortes. Hipóteses de falha mecânica, maus súbitos com os pilotos e eventuais atentados contra a aeronave foram descartadas.

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O advogado da filha do piloto, Sérgio Alonso, disse em entrevista ao Splash que"As conclusões da polícia de Caratinga são injuriosas, e não têm base nas provas técnicas. O acidente ocorreu pela falta de sinalização da rede, pela ausência de carta de aproximação visual e por essa rede estar colocada na mesma altura do tráfego padrão, que é de mil pés."

"Os delegados concluem sem conhecer nada de aviação, falaram absurdos sobre velocidade, zona de proteção. Eles concluem que os culpados são os pilotos que foram mortos, e ainda atribuem a eles triplo homicídio culposo, se arvorando na posição de juízes," concluiu Alonso, que alega que a hipótese de homicídio doloso é descabida. 

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