O filme explora o trauma da atriz Maria Scheneider durante a gravação do clássico longa-metragem de 1972 Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci
Redação Publicado em 04/11/2024, às 14h59
Matt Dillon, homenageado com o prêmio Golden Alexander no Festival de Cinema de Thessaloniki, na Grécia participa do evento com o filme Being Maria (2024), dirigido por Jessica Palud. No longa, ele interpreta Marlon Brando durante as filmagens de Último Tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci. O ator revelou não ter resistido à oportunidade de encarnar um de seus ídolos da atuação. "Brando influenciou não só a mim, mas a todos os atores. Ele revolucionou o cinema várias vezes," afirmou.
O desafio e a complexidade do papel foram atrativos para Dillon, que ressaltou a honestidade do roteiro ao abordar figuras icônicas do século XX. "Foi um desafio difícil, mas gratificante," comentou ele sobre interpretar Brando
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A trama de Being Maria aborda a experiência traumática vivida pela jovem atriz Maria Schneider durante as filmagens de Último Tango em Paris. Baseado no livro My Cousin Maria Schneider: A Memoir de Vanessa Schneider, o filme explora como esse trauma moldou sua vida subsequente.
Dillon expressou empatia por Schneider, lembrando-se de suas próprias experiências como jovem ator. Ele elogiou a atuação de Anamaria Vartolomei no papel principal e manifestou orgulho por participar do projeto.
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Apesar das críticas à cena polêmica envolvendo manteiga no filme original, Dillon ainda considera Último Tango em Paris uma obra-prima. Ele reconheceu a insensibilidade da abordagem de Bertolucci na época, mas destacou que as intenções do diretor não eram sádicas.
O ator ressaltou que o filme deveria ser visto sob uma ótica humanista e não apenas como um exemplo de erro cometido por homens poderosos contra uma mulher vulnerável. Dillon enfatizou que o contexto pessoal turbulento de Schneider contribuiu para tornar as filmagens particularmente difíceis para ela.
Dillon também discutiu sua experiência inédita trabalhando com um coordenador de intimidade no set de Being Maria, um papel emergente na indústria cinematográfica que busca garantir segurança e conforto aos atores em cenas sensíveis. Ele notou que esse tipo de coordenação surgiu como resposta a situações como a retratada em Último Tango em Paris.
Embora tenha ressalvas sobre possíveis limitações criativas impostas pelos coordenadores, Dillon reconhece o valor da segurança proporcionada por eles. Para ele, assim como coordenadores de dublês oferecem proteção física, coordenadores de intimidade podem oferecer um espaço seguro emocionalmente.
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