Para advogados do médico acusado de matar o rei do pop, cantor teria injetado dose extra de Propofol sem o consentimento do doutor; consumo excessivo de refrigerante com cafeína também será citado pela defesa
Da redação Publicado em 05/04/2010, às 16h45
Michael Jackson teria causado sua própria morte - pelo menos, é o que sustentará a defesa de Conrad Murray, médico acusado de ter sido o responsável pela morte do cantor, ocorrida em 25 de junho de 2009. A informação foi divulgada pelo site TMZ, para o qual fontes revelaram as estratégias dos advogados de Murray para a audiência que ocorre nesta segunda, 5, nos Estados Unidos.
De acordo com a página - que ganhou os olhos do mundo por ter sido o primeiro veículo a confirmar a morte do rei do pop -, a defesa argumentará que, por volta das 10h50 da manhã do dia 25, foi aplicada em Michael uma dose de 25 mg de Propofol (o equivalente a 1/8 de um frasco com 20 ml do medicamento). A quantidade administrada o faria dormir por cerca de cinco a dez minutos, mas a junção do medicamento às substâncias Ativan e Versed, que já estavam no organismo do cantor, acarretariam um efeito que o deixaria descansar por um período maior.
Durante a hora seguinte à aplicação, Murray permaneceu no quarto, utilizando o telefone na maior parte do tempo - ele não teria deixado o recinto para realizar as ligações porque Jackson gostava de movimento, normalmente dormindo com as luzes acesas e desenhos animados na TV. Por volta do meio-dia, o médico deixou o quarto.
A defesa afirma que, durante a saída de Murray por dois minutos para ir ao banheiro, Michael Jackson teria repentinamente acordado e, frustrado por tentar dormir há quase nove horas, aplicou nele mesmo o restante de Propofol que havia no frasco, ocasionando a overdose. Conrad Murray, ao retornar, encontrou o cantor com os olhos abertos e as pupilas dilatadas, dando início aos primeiros socorros.
A tese sustentada está relacionada ao argumento de que Michael Jackson era viciado em Propofol, o que justificaria a suposta atitude de ter ele mesmo aplicado o medicamento enquanto Murray estava ausente. Fontes não identificadas também revelaram ao TMZ que a defesa usará como argumento a intensa ingestão de refrigerante com cafeína pelo cantor, mesmo Jackson estando ciente de que a substância prejudicaria ainda mais seu sono.
Segundo as fontes, os advogados de Murray se valerão de diversos exemplos de situações nas quais o cantor ingeria grande quantidade de cafeína a partir do refrigerante, e depois se valia de medicamentos, incluindo Propofol, para conseguir dormir.
À época da morte, investigadores tiraram uma foto do quarto onde Michael morreu, que mostrava uma embalagem de Propofol no chão, embaixo da mesa de cabeceira. A defesa argumentará que o cantor pegou o frasco de lá, injetou em si o medicamento e deixou cair a embalagem.
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