No tom inflamado de costume, cineasta dará "sua visão cômica sobre as travessuras corporativas e políticas" que desencadearam o pandemônio financeira
Da redação Publicado em 22/05/2009, às 10h17
O novo documentário de Michael Moore já tem previsão de lançamento nos Estados Unidos: 2 de outubro. Calculada ou não, a data coincide com o dia seguinte ao aniversário de um ano do capítulo-chave para o novo tema de Moore: o colapso da economia global. Em 1° de outubro de 2008, o Senado estadunidense votou a favor de um pacote de US$ 700 bilhões (R$ 1,4 tri) para livrar Wall Street da quebra total.
O anúncio foi feito na quinta, 21, à imprensa internacional. Ainda sem título, o doc segue a linha "atire para matar" clássica do cineasta, no que concerne à munição ideológica contra certos poderes e costumes do país. Autor de três dos seis documentários de maior bilheteria nos EUA, segundo o site da revista Variety (Sicko - $.O.$. Saúde, Fahrenheit 11/9 e Tiros em Columbine), Moore foca o novo filme "no maior roubo da história do país", conforme anúncio da quinta. "Um olhar cômico sobre as travessuras corporativas e políticas."
O diretor não apresentava material inédito desde 2007, com Sicko, no qual ligava as sirenes no volume máximo para denunciar o falido sistema de saúde da gestão de George W. Bush.
O novo documentário foi anunciado há um ano, durante o Festival de Cannes, mas só tomou força com o agigantamento da crise financeira, que saiu da toca em meados do ano passado. "Os ricos, a certa altura, decidiram que eles não tinha riqueza o suficiente", disse Moore, no tom inflamado de praxe. "Eles queriam mais - muito mais. Então, sistematicamente, se juntaram para extorquir o dinheiro arduamente ganhado pelo povo americano. Agora, por que eles fariam isso? É o que procuro desvendar neste filme."
No dia 11 de fevereiro, Moore postou em seu site oficial uma carta aberta, a fim de convocar "alguns poucos bravos que trabalham em Wall Street ou na indústria financeira a dar um passo adiante e compartilhar comigo o que vocês sabem... ser um herói e me ajudar a expor o maior embuste da história americana".
Na época, forneceu a voluntários o e-mail bailout@michaelmoore.com. Aproveitou, ainda, a fazer uma promessa "ao resto de vocês na minha lista de e-mail", que talvez estivessem se perguntando "que droga é esta? Achei que ele fosse fazer uma comédia romântica!".
"Vocês gostarão do filme quando estiver pronto", assegurou.
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