“Uma fantasia minha é tocar todos os nossos álbuns em uma residência”, diz o guitarrista da banda
ANDY GREENE Publicado em 04/05/2016, às 13h53 - Atualizado às 14h06
Cerca de três horas antes de o Pearl Jam subir ao palco da Bon Secours Wellness Arena, em Greenville, na Carolina do Sul, em 18 de abril, Eddie Vedder fez aos companheiros de banda uma surpresa: ele queria tocar o disco Vs. (1993) na íntegra. “Ele disse: ‘É o Record Store Day, vamos tocar um disco’”, conta o guitarrista Mike McCready à Rolling Stone EUA. “Foi bacana ver os olhos dos fãs brilharem quando eles perceberam o que estava acontecendo.”
Onze dias depois, o Pearl Jam tocou no Wells Fargo Center, na Filadélfia (EUA), pela décima vez na carreira, e celebraram a ocasião abrindo o show com uma performance completa do álbum de estreia deles, Ten, de 1991. Eles tinham tocado o disco em sequência pela última vez em um show em Munique, na Alemanha, no dia 13 de março de 1992.
O Pearl Jam não tocou um disco inteiro novamente até 19 de setembro de 2006, em Turim, na Itália, quando eles apresentaram o disco autointitulado (que saiu no começo daquele mesmo ano) deles na íntegra. Durante a turnê de 2014, eles tocaram Yield (1998) e No Code (1996) inteiros ao vivo, respectivamente em Milwaukee, cidade norte-americana em Wisconsin, e Moline, em Illinois. Nenhuma daquelas performances foi anunciada antes de acontecer.
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McCready inicialmente teve diferentes sensações sobre o show de Vs. no mês passado. “Eu estava animado, mas hesitante, de certa forma”, diz ele. “Às vezes sinto que, quanto você toca um disco inteiro – não que tenhamos feito muito isso –, você tem que manter a fórmula de como o disco é, e não fica muito espontâneo.”
O guitarrista acrescenta: “Mas Vs. foi muito legal, até porque tem muitas músicas animadas. Ele tem uma energia que eu não imaginava que teria. Lembro que me esforcei com No Code uns dois anos atrás, então fiquei feliz que aquilo não aconteceu novamente.”
O Pearl Jam ainda não tocou na íntegra Vitalogy (1994), Binaural (2000), Riot Act (2002), Backspacer (2009) e Lightning Bolt (2013). “Tenho certeza de que vai rolar com todos”, diz McCready. “É meio que uma escolha de Ed, mas sugerimos algumas coisas e eu adoraria fazer isso. Gosto de surpreender os fãs. É importante para nós continuar nos estimulando e revisitando nossos discos e tocando-os sempre.”
McCready viu o Cheap Trick tocar os primeiros discos deles durante uma residência em 1998 no Crocodile Café, em Seattle, e adoraria que o Pearl Jam fizesse algo semelhante em algum momento da carreira. “É uma fantasia minha”, diz ele. “Poderíamos fazer uma residência com todos os discos. Seria bom demais. Daria para tocar os lados B junto com o disco e ser muito criativos com isso.”
Depois de tocar por duas noites no Madison Square Garden, em Nova York, o Pearl Jam encerrou a primeira parte da norte-americana de 2016 deles. Eles agora seguem para o Canadá, onde tocam nas cidades de Quebec, Ottawa e Toronto. Em junho, a banda se apresenta no festival Bonnaroo antes de voltar à estrada pelos Estados Unidos.
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