Último dia da maratona musical em Olinda, Pernambuco, também teve viola caipira e violão jazzístico
Antônio do Amaral Rocha, de Olinda Publicado em 10/09/2012, às 18h46 - Atualizado às 18h57
O violeiro Ivan Vilela e a flautista e pianista Andréa Luísa Teixeira apresentaram, no começo da noite do domingo, 9, na Igreja do Convento de São Francisco, um show bastante peculiar baseado em pesquisas que fazem envolvendo a música de raiz e os sons produzidos na região do cerrado brasileiro. O interesse por tal programa extrapolou as expectativas e o espaço da igreja foi totalmente tomado.
Vilela iniciou a função discorrendo sobre os diferentes tipos de viola e como se deu a fixação do modelo que hoje é usado no Brasil, que, de tão característica, é chamada de viola brasileira. Explicou didaticamente os diversos tipos de afinações do instumento e provocou gargalhadas quando disse que no Brasil se usa o método "cebolão", assim chamado porque os violeiros diziam que ouvindo esta afinação as mulheres chorariam como se estivessem cortando cebola. E para demonstrar o que estava dizendo executou a clássica "Viola Quebrada", do escritor do modernista, pesquisador e musicólogo Mário de Andrade. O programa seguiu em dupla com Andréa Luíza na flauta, ambos mostrando os resultados das pesquisas que empreendem. Dentro da igreja, apesar de diversos ventiladores ligados (o que até atrapalhava um pouco a audição do som sutil dos dois instrumentos), o público atento suportou até o final o show uma temperatura média de 35 graus.
O penúltimo show da noite aconteceu na Igreja do Seminário. Foi a vez do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo apresentar o repertório do seu recém-lançado CD, Alegria nos Dedos, com a participação da flautista Léa Freire e do trombonista Serginho Coelho. Arismar faz uma música cerebral, que exige atenção, cheia de improvisos e, além do violão, tocou guitarra semiacústica e contrabaixo, usando este segundo instrumento a maior parte do tempo quase como percussão. Como em todos os shows do line-up da MIMO, aqui também o público acompanhou respeitosamente a performance de Arismar, que se despediu visivelmente emocionado depois de uma hora e meia no palco.
E para encerrar a maratona de cinco dias ininterruptos de sons variados, depois de mais de vinte shows, a praça do Carmo foi tomada por uma multidão de 15 mil pessoas que dançaram ao som da Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, o grupo baiano de cinco percussionistas e 14 músicos de sopro, regidos pelo maestro Letieres. A big band, elegantemente vestida de branco, misturando trajes de gala (paletó, gravata borboleta), bermudas, camisetas e calçados com chinelos de dedo, fez uma performance arrebatadora com base nos batuques do candomblé e arranjos de sopro de tendência jazzística.
No próximo ano a Mostra Internacional de Música de Olinda fará a sua décima edição. A diretora Lu Araújo promete surpresas – está nos planos dela a montagem de uma peça operística, inclusive.
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